Estudo aponta alta prevalência de fatores de risco cardiovascular em empresas | Revista Médica Ed. 6 - 2007

Dois em cada três empregados apresentam pelo menos um dos parâmetros investigados.

Dois em cada três empregados apresentam pelo menos um dos parâmetros investigados.

Um estudo realizado pela área de Gestão de Saúde do Fleury com 2.700 indivíduos, que tinham, em média, 34 anos e que, na ocasião da pesquisa, exerciam funções técnico-administrativas ou operacionais em cinco importantes corporações de São Paulo, revelou que mais de 60% dessa população apresentava algum fator de risco cardiovascular. O levantamento mostrou que mais da metade do grupo estudado tinha sobrepeso ou era obesa. A hipertensão arterial estava presente em 16,1% das pessoas avaliadas, a hipercolesterolemia, em 14,4%, e a hiperglicemia, em 12,8%.

Apenas um terço da população do estudo não possuía nenhuma das quatro variáveis investigadas. Apesar dos resultados preocupantes, todos esses fatores de risco permitem intervenção por meio de modificação do estilo de vida ou de medidas de controle pouco complexas.

Já foi amplamente demonstrado que os fatores passíveis de intervenção respondem por cerca de 90% da chance de desenvolver doenças cardiovasculares. Por outro lado, o controle de tais variáveis pode diminuir em até 80% o risco da ocorrência de eventos dessa natureza. Há, portanto, um amplo espaço para que as empresas promovam a saúde de seus funcionários por meio de estratégias relativamente simples, mas que, no dia-a-dia, são difíceis de incorporar sem nenhum estímulo.

Quantidade de fatores de risco
Freqüência (%)

• Nenhum

38,9
• Um
33,2
• Dois
19,7
• Três
6,6
• Quatro
1,6


Fatores de risco investigados
Freqüência (%)

• Sobrepeso ou obesidade

51,0
• Hipertensão arterial
16,1
• Hipercolesterolemia
14,4
• Hiperglicemia
12,8