Estudo aponta risco cardiovascular em executivos segundo o escore de Framingham | Revista Médica Ed. 8 - 2007

O critério inclui medida do colesterol, cujas alterações eram desconhecidas por 30% da população avaliada

O critério inclui medida do colesterol, cujas alterações eram desconhecidas por 30% da população avaliada

O Fleury avaliou os dados clínicos e laboratoriais de 2.742 executivos que passaram por seu Check-up Executivo no período de fevereiro de 2006 a junho de 2007 e constatou que quase um quinto desses indivíduos tinha um risco intermediário a alto de desenvolver infarto agudo do miocárdio e de morrer por causa coronariana em dez anos. A pesquisa usou o escore de Framingham para a classificação do risco cardiovascular, que leva em conta idade, colesterol total e HDL, tabagismo e valores de pressão arterial – a presença de doença aterosclerótica prévia e de diabetes mellitus automaticamente já coloca a pessoa na categoria de risco elevado.

De acordo com esse critério, a probabilidade de apresentar problemas cardiovasculares agudos era média (entre 10% e 19,9%) para 10,7% da amostra e elevada (igual ou superior a 20%) para 6,2% dos indivíduos avaliados, nos quais foram identificados diversos fatores de risco. O estudo ainda apontou que os executivos tendem a superestimar sua saúde. Prova disso é que 4,4% desconheciam ter hipertensão arterial sistêmica e 30% não faziam idéia de que seu colesterol era alto. Um certo descuido com a saúde também ficou demonstrado no levantamento, já que 6,3% dos que sabiam ser hipertensos estavam com a pressão arterial descontrolada. A pesquisa consolida a importância do check-up para esse público e deixa patente a necessidade de intervenções rápidas no estilo de vida dos executivos para a redução do risco cardiovascular. Isso vale tanto para a garantia da qualidade de vida futura quanto para a continuidade de carreiras promissoras, uma vez que a população mais exposta tem, em média, 44 anos.