Imuno-histoquímica contribui para diferenciar nódulos hepáticos | Revista Médica Ed. 2 - 2012

Uma enquete feita pelo Fleury mostra que parte importante da população não se previne por acreditar em mitos que envolvem a vacina.

O patologista tem papel fundamental para indicar o uso desse método complementar, de acordo com as peculiaridades de cada caso.

Mesmo com os avanços dos métodos de imagem, em muitos casos o estudo histológico e/ou citológico de nódulos hepáticos é fundamental para o diagnóstico conclusivo. Nesse contexto, a avaliação da adequação da amostra pelo patologista e a indicação de métodos moleculares e/ou complementares para diferenciar uma lesão maligna de uma benigna ou um nódulo primário de um metastático têm sido cada vez mais requisitadas.

A análise de malignidade, na maioria dos casos, não é problemática, mas, em algumas circunstâncias, mesmo essa definição se torna difícil, a exemplo da investigação do carcinoma hepatocelular bem diferenciado, sobretudo na sua forma precoce, que tem limites imprecisos e pode ser confundido com nódulos displásicos e macronódulos regenerativos. Nessa situação, a complementação do estudo por imuno-histoquímica com os marcadores HSP70, glutamina sintetase e glipican 3 pode ser útil, já que a positividade para dois dos três marcadores corrobora o diagnóstico de CHC.

No que se refere aos nódulos benignos, a subclassificação dos adenomas do fígado com base em critérios fenotípicos e genotípicos vem sendo mais utilizada, justamente em busca daqueles com maior risco de transformação para carcinoma hepatocelular, que ocorre em até 7% dos casos. Além da morfologia, o estudo imuno-histoquímico com os marcadores glutamina sintetase, L-FABP, β-catenina e serum amyloid Acontribui para essa subclassificação.

Já nas neoplasias secundárias do fígado, a correlação com a história do paciente é fundamental para que o patologista encaminhe a conclusão diagnóstica da forma mais ágil e precisa. A avaliação do sítio primário com base no padrão da metástase submetida à biópsia é uma das indicações mais rotineiras do exame imuno-histoquímico. Na maioria dos casos, um amplo painel de anticorpos consegue apontar as regiões mais prováveis para investigação clínica. Nas metástases, frequentemente se estuda a expressão de antígenos relacionados a indicações no tratamento oncológico, como receptores hormonais ou terapias-alvo, com implicações nas decisões terapêuticas.

Assessoria Médica
Dr. Aloísio S. Felipe da Silva: [email protected]
Dra. Diva C. Colarille Yamaguti: [email protected]