Método ultrassensível consegue detectar níveis ínfimos de troponina | Revista Médica Ed. 2 - 2011

O teste permite aumentar significativamente a sensibilidade diagnóstica numa fase muito precoce da lesão isquêmica miocárdica.

O teste permite aumentar significativamente a sensibilidade diagnóstica numa fase muito precoce da lesão isquêmica miocárdica.

As troponinas cardíacas são proteínas envolvidas no processo de contração das fibras musculares do coração, as quais, em condições normais, não estão presentes na circulação sanguínea. Os últimos estudos consideram as troponinas T e I os marcadores-padrões no diagnóstico da lesão isquêmica do miocárdio. Recentemente, um novo método de alta sensibilidade para a dosagem dessas proteínas foi introduzido no Fleury. A vantagem, em relação à metodologia não ultrassensível, está no aumento significativo da sensibilidade diagnóstica numa fase muito precoce da lesão miocárdica, o que não era factível pelas técnicas convencionais. Para fins comparativos, o método ultrassensível para a dosagem de troponina T, hoje disponível no Fleury, é capaz de detectar níveis extremamente baixos dessa proteína, da ordem de 0,003 ηg/mL, enquanto o convencional alcançava um limite de detecção ao redor de 0,01 ηg/mL. Na suspeita de infarto agudo de miocárdio, um resultado normal da troponina T ultrassensível é altamente sugestivo de ausência de lesão isquêmica (valor preditivo negativo de 99%). Nessas mesmas condições, o valor preditivo positivo do teste alcança apenas 50%.

Como interpretar os níveis de PCR na avaliação de risco cardiovascular

Diante de valor superior a 3,0 mg/L ou a 0,3 mg/dL, recomenda-se repetir o teste após, pelo menos, duas semanas em estado metabólico estável, livre de infecção ou doença aguda. O menor resultado das duas medidas deve ser considerado. Convém ressaltar que, por se tratar de um marcador inflamatório inespecífico, a concentração sérica de PCR pode aumentar até 10 mil vezes durante a resposta aguda do organismo a uma infecção ou trauma tissular maior, os quais, portanto, têm de ser excluídos para a correta interpretação dos valores no contexto de risco cardiovascular.

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Assessoria Médica
Dr. Nairo Massakazu Sumita:
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Dr. João Manoel Rossi Neto: [email protected]