Pesquisa de antígeno nas fezes destaca-se entre os métodos não invasivos para a detecção de infecção por H. pylori | Revista Médica Ed. 2 - 2015

Conheça as vantagens da pesquisado antígeno do H. pylori nas fezes.

 

Exemplar do H. pylori revelado por microscopia eletrônica de transmissão.
SPL DC/LATINSTOCK

O Helicobacter pylori infecta 80% da população nos países em desenvolvimento e de 20% a 50% em países desenvolvidos, estando associado à úlcera gástrica, à gastrite crônica, ao câncer gástrico e a doenças linfoproliferativas. Nota-se, assim, a importância do diagnóstico da infecção por esse agente.


Com o passar dos anos, vários exames têm sido descritos e aperfeiçoados para essa finalidade. De modo geral, hoje eles são classificados em métodos invasivos, que incluem a análise anatomopatológica, o teste da urease e a cultura do fragmento de biópsia, obtidos por endoscopia digestiva alta, e em não invasivos, que abrangem o teste  espiratório da urease, a clássica sorologia e a pesquisa de antígeno nas fezes.


O fato é que, como os métodos invasivos dependem da realização de endoscopia para a retirada do fragmento de biópsia, cresceu o interesse pelos testes não invasivos, que, com exceção da sorologia, conseguem fazer diagnóstico de infecção ativa, uma vez que negativam com a erradicação da bactéria.


A pesquisa do antígeno do H. pylori nas fezes é uma alternativa simples e de baixo custo para essa investigação, a ponto de ser recomendada por guidelines das Sociedades Europeia e Japonesa de Gastroenterologia como ferramenta útil tanto no diagnóstico da infecção pelo agente, em população de risco para o câncer gástrico, como no controle pós-tratamento. Isso é possível graças ao desenvolvimento de testes monoclonais, que apresentam maior especificidade que as versões de primeira geração, resultando em menos falso-positivos.


Assessoria Médica
Dra. Márcia Wehba Esteves Cavichio
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