Serotonina é um marcador tumoral útil no diagnóstico da síndrome carcinóide | Revista Médica Ed. 9 - 2005

Sintomas diversos, tais como rubor facial, cólicas, diarréia e broncoespasmo, são encontrados nessa condição.

Sintomas diversos, tais como rubor facial, cólicas, diarréia e broncoespasmo, são encontrados nessa condição.


Cromatograma da serotonina

O Fleury acaba de incorporar à sua rotina a dosagem de serotonina sérica por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). O exame é especialmente útil no diagnóstico da síndrome carcinóide, uma neoplasia que cursa com sintomas diversos, tais como rubor facial, cólicas, diarréia e broncoespasmo. A serotonina é um composto aminado, derivado do triptofano, que se tornou muito conhecido, nos últimos anos, graças ao advento dos inibidores seletivos de recaptura de serotonina, dos quais o pioneiro foi a fluoxetina.
Tais medicamentos aumentam a atividade das vias serotoninérgicas e, assim, auxiliam o tratamento da depressão e da distimia. No entanto, apenas 1% da serotonina está contida no sistema nervoso central, não havendo evidências de que sua dosagem contribua para a avaliação e o acompanhamento de doenças neuropsiquiátricas. O restante se encontra principalmente no sistema digestivo, nas células enterocromafins, a partir das quais a substância é liberada para a circulação, podendo ser catabolizada em ácido 5-hidroxiindolacético (5-HIAA), cuja dosagem é feita na urina, ou capturada pelas plaquetas.