Tratamento endoscópico de tumores de cólon e reto | Revista Médica Ed. 1 - 2009

A evolução das técnicas de ressecção endoscópica das lesões colorretais superficiais favoreceu o tratamento minimamente invasivo das neoplasias precoces nessa região.

A evolução das técnicas de ressecção endoscópica das lesões colorretais superficiais favoreceu o tratamento minimamente invasivo das neoplasias precoces nessa região.

Nas últimas três décadas, o tratamento endoscópico dos adenomas e do câncer colorretal precoce evoluiu de maneira significativa devido ao desenvolvimento e ao aperfeiçoamento das técnicas de ressecção das lesões superficiais de cólon, a ponto de poder ser realizado em ambiente de hospital-dia.

Nesse período, vários procedimentos foram desenvolvidos para extirpar essas formações e superar as dificuldades técnicas impostas por características como seu tamanho, forma e localização.

Atualmente, as lesões benignas de cólon de até cinco milímetros são preferencialmente removidas por meio de uma pinça de biópsia, com ou sem corrente elétrica. Quando o diâmetro ultrapassa os cinco milímetros, os endoscopistas utilizam a alça de polipectomia, com a qual fazem a apreensão direta do tumor, empregando ou não uma injeção salina prévia na submucosa para elevá-lo, dependendo do seu formato, e ressecá-lo na maioria das vezes em uma única peça.

Já as lesões com dimensões superiores a dois centímetros, tanto as planas quanto as sésseis, usualmente requerem mais de uma intervenção para sua remoção completa. Para extinguir tais massas, no entanto, alguns centros especializados, sobretudo no Japão, têm utilizado a ressecção em monobloco pela técnica de dissecção submucosa, que emprega acessórios específicos para seccionar planos profundos da mucosa.

Embora seja tecnicamente mais difícil que a ressecção em múltiplos fragmentos, o monobloco vem se mostrando vantajoso por estar associado a uma menor recidiva local e por apresentar melhor acurácia histológica, especialmente para definir os critérios de cura do tratamento endoscópico.

Assessoria Médica
Dr. Dalton Marques Chaves: [email protected]