A ecocardiografia com Doppler pela via transtorácica é a técnica de imagem cardíaca mais utilizada na prática clínica e apresenta altos valores diagnóstico e prognóstico.
A ecocardiografia com Doppler pela via transtorácica é a técnica de imagem cardíaca mais utilizada na prática clínica e apresenta altos valores diagnóstico e prognóstico. Entretanto, em alguns pacientes, as imagens obtidas se mostram inadequadas por limitação da janela acústica. Por isso, há alguns anos foram desenvolvidos contrastes ecocardiográficos capazes de melhorar a qualidade das imagens.
Hoje, os contrastes comercialmente disponíveis compõem-se de microbolhas formadas por fina camada proteica, lipídica ou surfactante, preenchida com gás perfluoropropano ou hexafluoreto de enxofre. Essas soluções são infundidas por via venosa, em bólus ou continuamente, atravessam a circulação pulmonar e atingem as cavidades esquerdas, inclusive o miocárdio, por circulação coronariana. Com um software próprio e ajustes específicos, a ecocardiografia detecta as microbolhas.
A aplicação inicial dessa modalidade ecocardiográfica, e também a mais empregada, é o preenchimento da cavidade do ventrículo esquerdo e a melhoria do delineamento das bordas do endocárdio nos pacientes com imagem limitada. Em ecocardiogramas convencionais, o recurso aprimora as medidas de volume e da fração de ejeção e reduz a variação intra e interobservadores. Além disso, possibilita a análise completa dos segmentos miocárdicos do ventrículo esquerdo na ecocardiografia de estresse.
Nos exames de estresse, a propósito, a associação da análise da perfusão miocárdica com o ecocardiograma com contraste aumenta a sensibilidade e a especificidade do método para a detecção de doença arterial coronariana. A perfusão miocárdica pode ser avaliada de forma qualitativa, conforme um sistema de pontuação, e também quantitativa, o que é feito por meio de pós-processamento de imagens com um software que considera os vários parâmetros de fluxo microvascular.
Outras aplicações do ecocardiograma com microbolhas |
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Imagens do plano apical (4-câmaras) de um homem de 67 anos, submetido à ecocardiografia de perfusão miocárdica em tempo real. A: em repouso, o movimento da parede e a perfusão miocárdica qualitativa foram normais; B: o estresse com adenosina demonstrou um defeito de perfusão apical (seta); C: o estresse com dobutamina no mesmo paciente mostrou discinesia apical e defeito de perfusão evidente; D: curvas obtidas da análise quantitativa da perfusão em repouso e durante o estresse com adenosina e dobutamina demonstraram baixo parâmetro de reserva; E: a angiografia de coronárias revelou doença coronariana significativa. AP4C: apical de quatro câmaras; LAD: artéria coronária descendente anterior; LCx: artéria coronária circunflexa; LMA: tronco da artéria coronária esquerda.
Assessoria Médica |
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Dr. Cristiano Vieira Machado [email protected] Dr. Frederico José N. Mancuso [email protected] Dr. Valdir A. Moisés [email protected] Dr. Wilson Mathias Junior [email protected] |
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