Embora o cariótipo ainda seja o exame mais indicado para diagnosticar a neoplasia e auxiliar a definição da conduta clínica, a FISH consegue contornar alguns dos obstáculos do método.
Embora o cariótipo ainda seja o exame mais indicado para diagnosticar a neoplasia e auxiliar a definição da conduta clínica, a FISH consegue contornar alguns dos obstáculos do método.
O estudo dos cromossomos humanos experimentou grandes avanços nos últimos 40 anos. A citogenética perdeu seu aspecto meramente investigativo e tornou-se uma disciplina diagnóstica indispensável para a identificação de anomalias cromossômicas nas leucemias agudas e crônicas, nos linfomas e no mieloma múltiplo (MM), entre outras situações onco-hematológicas. Dada a facilidade de obtenção de células para estudo, tanto de sangue periférico quanto de aspirado de medula óssea ou de linfonodos, a citogenética ganhou especial destaque porque permite o diagnóstico preciso, a estratificação prognóstica e a classificação da doença, além de possibilitar a orientação terapêutica, o monitoramento do tratamento ou acompanhamento evolutivo e o entendimento dos fenômenos fisiopatológicos subjacentes. O cariótipo convencional por banda G é o método inicial de avaliação genética e identifica numerosas alterações relevantes para a conduta clínica e para o tratamento. Contudo, alguns casos não apresentam anormalidades por esse método, seja porque a célula clonal não entrou em divisão, seja porque a doença envolve rearranjos de segmentos menores que 3 a 5 milhões de pares de base (Mb), não identificáveis pelo cariótipo. Nesse contexto, a hibridação in situ por fluorescência (FISH) contorna alguns dos obstáculos do cariótipo convencional ao determinar, com maior sensibilidade, as sequências específicas do DNA, tanto em metáfases quanto em interfases. Esse método genético-molecular tem sido amplamente usado em casos de leucemia linfoide crônica (LLC) e MM para os quais a informação específica é relevante para estabelecer a conduta. Na LLC, por exemplo, a FISH consegue detectar 2,6 vezes mais a trissomia 12 em relação à citogenética convencional, visto que avalia células que não entram em divisão. A deleção 13q é uma alteração considerada de prognóstico favorável. A 11q, por sua vez, associa-se a doença rapidamente progressiva, linfadenopatia extensa, estágios avançados e sobrevida curta. Outro exemplo importante da utilidade do método aparece na leucemia promielocítica aguda, na qual a rapidez do resultado da FISH, ao identificar o rearranjo PML/RARA, oferece agilidade para a condução terapêutica.
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Dra. Maria de Lourdes Chauffaille: [email protected] |
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