A condição é facilmente tratável e a maior parte dos portadores não apresenta sintomas
A difilobotríase, parasitose causada pelo Diphyllobothrium spp., um cestódio da família das tênias, não é uma condição de notificação compulsória, mas, em virtude do crescente número de casos detectados nos últimos meses, o Fleury decidiu informar o Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) sobre um possível surto da doença.
A primeira notificação foi enviada ao CVE no fim de 2004 e a segunda, em março de 2005. Dentre os pacientes parasitados, alguns jamais estiveram fora do Brasil, o que confirma a transmissão autóctone do parasita. Além disso, todos os entrevistados relataram consumo de peixe cru. De fato, a doença é contraída pela ingestão de peixes que vivem ao menos parte de seu ciclo vital em água doce, tais como a truta, o salmão e o robalo. As larvas do parasita só deixam de ser infectantes quando o pescado é congelado por, pelo menos, sete dias a 20ºC negativos ou quando é cozido de forma adequada. Uma das possibilidades é que a popularização do uso culinário do salmão fresco, importado de países do Pacífico e consumido, por exemplo, na forma de sushi ou sashimi, tenha levado a esse surto. De acordo com a literatura, apenas 22% dos indivíduos parasitados apresentam os sintomas da difilobotríase, que são caracterizados por diarréia, flatulência, dor e desconforto abdominal.
Apesar de chegar a mais de dez metros de comprimento, o Diphyllobothrium spp. raramente causa complicações, a exemplo de anemia megaloblástica e de obstrução intestinal ou de vias biliares. O diagnóstico costuma ser feito com um exame parasitológico de fezes, uma vez que um parasita adulto pode eliminar até 1 milhão de ovos por dia, e o tratamento é muito simples e eficaz.
Diagnósticos de difilobotríase feitos pelo Fleury em São Paulo | |
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Ano | Número de casos |
1998 | 1 |
1999 a 2003 | 0 |
2004 | 15 |
2005 (até abril) | 15 |
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