Ecocardiografia tridimensional permite detalhar anatomia e função cardíacas | Revista Médica Ed. 2 - 2007

Não invasivo, o método é uma evolução do exame convencinal.

A ecocardiografia recentemente incorporou recursos para adquirir imagens tridimensionais (3D), tornando possível o acesso dos especialistas a informações mais detalhadas a respeito da anatomia e da função do coração. As imagens são obtidas tanto em tempo real quanto em bloco único para posterior processamento e quantificação. Comparada com outras técnicas que permitem a avaliação dinâmica das estruturas cardíacas em 3D, tais como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, a ecocardiografia tridimensional (eco 3D) apresenta menor custo. Embora sua principal vantagem seja a de fornecer medidas mais acuradas do tamanho, da massa e da função do ventrículo esquerdo, o método também tem excelente desempenho na mensuração do volume dos átrios, com implicações positivas na investigação e no tratamento da fibrilação atrial e da disfunção diastólica. Em pacientes com cardiopatia congênita complexa, a reconstrução 3D fornece imagens que muito se aproximam da visão cirúrgica e auxiliam o médico no planejamento de intervenções percutâneas. Por sua capacidade de quantificar a assincronia sistólica do ventrículo esquerdo, o eco 3D pode ainda acrescentar informações adicionais relevantes à terapia de ressincronização cardíaca com marca-passo biventricular.

À esquerda, imagem com melhor detalhamento anatômico da cavidade atrial esquerda e do aparelho valvar mitral e, à direita, pós-processamento de imagem adquirida em um único bloco.

A obtenção dos volumes ventriculares durante todo o ciclo cardíaco permite avaliar a função global do ventrículo esquerdo (A). A variação dos volumes de cada segmento miocárdico possibilita a determinação do índice de sincronia cardíaca (B).

Imagem da valva mitral obtida pelo eco 3D após a retirada da porção superior dos átrios, com visualização das cúspides anterior e posterior.

Saiba mais a respeito do eco 3D.