Pesquisa de Mycoplasma por PCR em tempo real
Mycoplasma genitalium
visto sob microscopia eletrônica.
O Mycoplasma genitalium vem sendo apontado como um patógeno emergente na Europa. Já foi caracterizado como agente etiológico de uretrite, cervicite, endometrite, doença inflamatória pélvica, infertilidade, aborto espontâneo e parto prematuro. Para o diagnóstico de infecções por esse microrganismo, a PCR configura o método recomendado devido a seu crescimento lento em meio de cultura. Contrastando com o que ocorre com o M. hominis, para o M. genitalium atualmente não há uma quantificação mínima que possibilite diferenciar colonização de infecção. Assim, a exclusão de outras causas infecciosas, como C. trachomatis e N. gonorrhoeae, a positividade da PCR para M. genitalium e a presença de sintomatologia simultaneamente tornam o diagnóstico muito provável.
Não existe consenso sobre o tempo mínimo após a exposição para obter a melhor sensibilidade no diagnóstico da infecção por M. genitalium. O recente consenso europeu preconiza um período de duas semanas, em analogia com as recomendações existentes para C. trachomatis. Uma abordagem racional é solicitar a PCR para M. genitalium na primeira consulta e testar novamente após duas semanas, se o exame for negativo.
O M. hominis, por sua vez, tem sido identificado no trato genital feminino como agente de doença inflamatória pélvica, endometrite, salpingite e bacteriemia após aborto ou no puerpério. A cultura quantitativa ainda é recomendada para o diagnóstico em material cervical, visto que essa espécie cresce em meios de cultura em dois a quatro dias. Já a pesquisa por PCR em tempo real é a melhor ferramenta diagnóstica para sítios estéreis ou quando há cultura negativa em paciente sintomática, dada sua maior sensibilidade.
Pesquisa de Ureaplasma por PCR em tempo real
O U. urealyticum (antes U. urealyticum biovar 2), em conjunto com o U. parvum, tem sido associado com síndrome uretral aguda, doença inflamatória pélvica e desfechos desfavoráveis na gestação, como ruptura prematura de membranas, corioamnionite, baixo peso ao nascimento, abortamento tardio, parto prematuro e infecção puerperal.
A pesquisa de Ureaplasma por PCR discrimina as espécies U. urealyticum e U. parvum e mostra-se mais sensível que a cultura, constituindo-se na melhor ferramenta diagnóstica para sítios estéreis ou para casos de cultura negativa em paciente sintomática, desde que excluídas outras causas infecciosas. Em função da maior sensibilidade, a PCR apresenta elevado valor preditivo negativo, mas seu valor preditivo positivo é limitado, pois não diferencia colonização de doença.
Ficha técnica |
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Testes moleculares para Mycoplasma e Ureaplasma Método: Reação em cadeia da polimerase em tempo real Amostras: Raspado vaginal e endocervical Valores de referência:
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- O Fleury recebe material coletado em consultórios para a pesquisa desses agentes por PCR em qualquer uma de suas unidades e também faz a coleta de amostras para esses exames durante todo o período de atendimento.
Assessoria Médica |
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Ginecologia e Biologia Molecular Dr. Gustavo Arantes Rosa Maciel [email protected] Dr. Ismael D. Cotrim Guerreiro da Silva [email protected] Microbiologia Dr. Jorge Luiz Mello Sampaio [email protected] |
Pesquisa de estreptococo do grupo B por PCR é mais sensível para definir a quimioprofilaxia intraparto
Streptococcus agalactiae visto pela óptica da microscopia eletrônica.
O Streptococcus agalactiae (GBS ou estreptococo beta-hemolítico do grupo B de Lancefield) é um coco gram-positivo que pode estar presente na microbiota do trato gastrointestinal e/ou geniturinário feminino. Os índices de colonização em gestantes variam de 10% a 30%, conforme a população estudada.
A detecção de colonização por esse agente em gestantes, associada à quimioprofilaxia intraparto, formam a estratégia mais racional para reduzir a incidência da infecção neonatal por GBS. Além disso, a existência de alguns fatores de risco para essa doença já constitui indicação absoluta da quimioprofilaxia.
Há dois métodos disponíveis para avaliar a colonização por GBS em gestantes: o cultivo em meios de cultura seletivos e a PCR em tempo real. Quando realizada após enriquecimento em caldo seletivo, esta última mostra-se 15% mais sensível do que a cultura em meios seletivos isoladamente.
A coleta deve ser feita, de preferência, entre a 35ª e a 37ª semana de gravidez, quando exibe os melhores valores preditivos negativo (97%) e positivo (85%), porém, desde que solicitada pelo médico-assistente, é possível em qualquer idade gestacional, a exemplo de gestações de alto risco. Para que a sensibilidade máxima na detecção da colonização seja obtida, o consenso internacional recomenda a análise de duas amostras, uma coletada do introito vaginal e outra do reto.
Convém assinalar que não há necessidade de tratar gestantes colonizadas, mas, sim, de implementar a quimioprofilaxia no início do trabalho de parto. Estudos americanos mostram que 1-2% das crianças nascidas de mães colonizadas por GBS e não submetidas à quimioprofilaxia desenvolvem a infecção. Essa estratégia de prevenção consegue reduzir em 30 vezes a incidência de doença neonatal por GBS.
Fatores de risco para infecção neonatal por GBS |
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Ficha técnica |
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Pesquisa de estreptococo do grupo B após enriquecimento em caldo seletivo Método: PCR em tempo real Valor de referência:indetectável em gestantes Prazo: até três dias úteis |
Assessoria Médica |
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Ginecologia e Biologia Molecular Dr. Gustavo Arantes Rosa Maciel [email protected] Dr. Ismael D. Cotrim Guerreiro da Silva [email protected] Medicina Fetal Dr. Mário H. Burlacchini de Carvalho [email protected] Microbiologia Dr. Jorge Luiz Mello Sampaio [email protected] |
Dados da OMS de 2022 revelam que há cerca de 254 milhões de portadores de hepatite B no mundo.
Avaliação complementar da análise histológica convencional de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas.
Pode ser utilizada para detectar o DNA da bactéria Leptospira spp. no plasma.
A uveíte é uma inflamação ocular que representa uma das principais causas de morbidade ocular.