O caso
Garoto de 12 anos, com 1,55 m de altura e 40 kg de peso, passou a apresentar dispnéia de leve intensidade, precipitada pela atividade física, após ter começado a praticar esporte, seis meses antes. Na investigação inicial, a radiografia de tórax e o ECG foram normais, assim como a espirometria, que mostrou:
Capacidade vital forçada (CVF) | 2,98 L (100% do previsto) |
Volume expiratório forçado (VEF) em um segundo | 2,70 L (104% do previsto) |
Relação VEF1 / CVF | 90% |
Apesar da normalidade desses exames, foi indicado, a seguir, um teste de broncoprovocação pelo exercício.
O paciente concluiu o procedimento sem queixa significativa de cansaço, mas com um VEF pós-esforço em um segundo de 1,64 L, ou seja, acusando uma queda de 39% em relação ao valor basal. Após o uso de broncodilatador, a espirometria voltou aos valores iniciais.
A discussão
Em crianças e adolescentes, existem peculiaridades na investigação de dispnéia.
não raramente há queixa de falta de ar relacionada com esforço, a qual muitas vezes é atribuída à ausência de preparo físico, particularmente nos tempos atuais, em que o sedentarismo prevalece. A inatividade, porém, deve ser considerada uma causa de exceção nesse tipo de dispnéia. No caso em questão, somente com os achados do teste de broncoprovocação foi possível estabelecer o diagnóstico de asma induzida pelo esforço e instituir o tratamento adequado. Deve-se salientar que, apesar da significativa queda da função pulmonar, a queixa clínica era bastante discreta. Isso evidencia a baixa percepção da falta de ar e constitui um fator de gravidade, tendo em vista que o atendimento médico acaba sendo procurado tardiamente, em crises agudas.
Saiba mais sobre o teste de broncoprovocação pelo exercício O procedimento é realizado em esteira e procura levar o indivíduo a atingir sua freqüência cardíaca submáxima. Em seguida, o paciente faz a espirometria, que, quando necessário, é repetida após a administração de broncodilatador. |
Assessoria Médica |
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Wilson Leite Pedreira Jr.: [email protected] |
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