Muita coisa já mudou no manejo das leucemias, embora o índice de recidiva permaneça alto nos casos agudos
Muita coisa já mudou no manejo das leucemias, embora o índice de recidiva permaneça alto nos casos agudos. Os recursos diagnósticos hoje disponíveis não podem modificar esse cenário, mas permitem o conhecimento aprofundado da patogênese da doença, o que favorece uma boa estratificação do risco do paciente, bem como avaliar a resposta à terapia e, sobretudo, flagrar precocemente a recaída.
Nesse contexto, ganham cada vez mais relevo os testes genético-moleculares, como você pode conferir na matéria de capa desta revista, que reconhecem alterações associadas com desfechos favoráveis e desfavoráveis e ajudam a detectar doença residual mínima. O fato é que, bem utilizados, esses e outros métodos possibilitam tomar decisões rápidas nas leucemias mieloides agudas, com impacto na sobrevida dos pacientes.
Ainda dentro da Onco-Hematologia, a presente edição também mostra a utilidade da pesquisa da mutação no gene da calreticulina, que acaba de ser incorporada à rotina do Fleury. A recente descoberta dessa alteração genética, no fim de 2013, ampliou as possibilidades diagnósticas para o grupo de pacientes com neoplasias mieloproliferativas crônicas, já que ela está presente em 70% dos indivíduos sem mutações em JAK2 e MPL, os dois principais genes envolvidos nessas doenças.
Outro destaque que, como cardiologista, não posso deixar de comentar está na seção de Atualização, que apresenta a estratificação do risco cardiovascular segundo as novas diretrizes americana, europeia e brasileira para o tratamento das dislipidemias e a prevenção da aterosclerose. Diante de uma realidade em que os fatores de risco cardiovascular só fazem aumentar, esse consenso traz uma visão prática e eficiente numa seara em que sabidamente podemos intervir.
Para terminar, quero chamar sua atenção para a entrevista deste número, na qual nosso infectologista Jessé Reis Alves conta sua vivência de um mês, na Libéria, cara a cara com o vírus Ebola. Uma experiência médica e pessoal para toda a vida, que temos muita satisfação de compartilhar com você.
Um forte abraço,
Dra. Jeane Tsutsui
Diretora Executiva Médica | Grupo Fleury
Dados da OMS de 2022 revelam que há cerca de 254 milhões de portadores de hepatite B no mundo.
Avaliação complementar da análise histológica convencional de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas.
Pode ser utilizada para detectar o DNA da bactéria Leptospira spp. no plasma.
A uveíte é uma inflamação ocular que representa uma das principais causas de morbidade ocular.