Parte do arsenal de exames moleculares da área de Infectologia do Fleury, a detecção do fungo Pneumocystis jirovecii por PCR quantitativa traz a vantagem de ser mais sensível, específica e objetiva
Microscopia óptica mostra trofozoítos e esporozoítos intracísticos de Pneumocystis jirovecii em tecido pulmonar.
MICHAEL ABBEY/PHOTORESEARCHERS/LATINSTOCK
Parte do arsenal de exames moleculares da área de Infectologia do Fleury, a detecção do fungo Pneumocystis jirovecii por PCR quantitativa traz a vantagem de ser mais sensível, específica e objetiva que os exames anteriormente disponíveis para o diagnóstico desse agente.
A pneumonia por Pneumocystis jirovecii ou pneumocistose, constitui, ainda atualmente, uma importante causa de morbidade e mortalidade em indivíduos imunossuprimidos, não somente naqueles infectados pelo HIV, mas também nos receptores de transplante de órgão sólido ou de células tronco-hematopoéticas, entre outras causas de disfunção imunológica.
Diante do impacto da sua introdução precoce no prognóstico, o tratamento da pneumocistose, em geral, é prescrito empiricamente, com base na hipótese diagnóstica, feita pelo achados clínicos e radiológicos. Contudo, a confirmação etiológica tem grande relevância nesses pacientes, visto que possibilita um melhor direcionamento da terapêutica, evitando toxicidades e interações medicamentosas, eventos críticos em tal população.
Como esse fungo oportunista não pode ser cultivado in vitro, o diagnóstico laboratorial era tradicionalmente realizado por pesquisa direta em espécimes clínicos por meio de coloração específica ou imunofluorescência. No entanto, esses métodos possuem sensibilidade limitada e ainda requerem profissionais treinados e experientes na diferenciação do P. jirovecii de outras leveduras e artefatos.
Já a técnica molecular para a pesquisa do fungo no lavado broncoalveolar alcança 98% e 91-93% de sensibilidade e especificidade, respectivamente, segundo metanálises recentes, além de conferir maior rapidez na liberação dos resultados.
Um exame positivo, portanto, sempre em conjunto com os dados clínicos e radiológicos, corrobora o diagnóstico de pneumocistose, embora não deva ser interpretado como resultado definitivo, uma vez que o agente pode colonizar as vias aéreas tanto de indivíduos saudá- veis quanto de imunocomprometidos. Por outro lado, um teste negativo ajuda a afastar o P. jirovecii com alguma segurança, ainda que, vale ressaltar, também não exclua totalmente o diagnóstico.
Apesar de a literatura não ser consensual em relação a valores de corte capazes de discriminar infecção de colonização, observa-se que quantificações superiores a 30.000 cópias/mL apresentam maior valor preditivo para infecção ativa.
O Fleury realiza o exame não só no lavado broncoalveolar, como também na secreção traqueal. A coleta do lavado pode ser realizada por broncoscopia, com agendamento prévio na Unidade Higienópolis.
Assessoria Médica |
---|
Dra. Carolina dos Santos Lázari [email protected] Dr. Celso Granato [email protected] Dr. Jorge Luiz Mello Sampaio [email protected] |
Dados da OMS de 2022 revelam que há cerca de 254 milhões de portadores de hepatite B no mundo.
Avaliação complementar da análise histológica convencional de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas.
Pode ser utilizada para detectar o DNA da bactéria Leptospira spp. no plasma.
A uveíte é uma inflamação ocular que representa uma das principais causas de morbidade ocular.