Outros nomes: Fungitell, Beta-D-glucano, BD-glucano, 1-3-Beta-D-glucana, Beta-D-glucana, BD-glucana, antígenos fúngicos no soro
- Não é necessário preparo para este exame.
- Para pacientes em programa de hemodiálise, a coleta deve ser realizada o mais distante possível da última sessão.
- Para pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos de médio ou grande porte, é preciso aguardar pelo menos 72 horas para a realização da coleta.
- Não colher durante a infusão de hemoderivados ou de nutrição parenteral.
- Aguardar 30 minutos
- Centrifugar a 2739 g por 10 minutos a 18ºC
- Não aliquotar.
- Enviar à seção refrigerada (2-8 ºC).
ATENÇÃO: NÃO RECEBER amostras intensamente hemolisadas, lipêmicas ou hiperbilirrubinêmicas.
Estabilidade da amostra:
Temperatura ambiente: 8 horas;
Refrigerada (2-8 ºC): 7 dias;
Congelada (-20 ºC): 1 mês.
Soro (volume ideal 1 mL; volume mínimo: 0,5 mL).
Teste enzimático com base zimogênica
Negativo: Menor que 60 pg/mL
Indeterminado: 60-79 pg/mL
Positivo: Maior ou igual a 80 pg/mL
- As infecções fúngicas invasivas vêm apresentando incidência crescente em todo o mundo, seja por agentes primariamente patogênicos, seja por oportunistas. Embora, de um modo geral, a imunossupressão seja a condição mais frequentemente associada à sua ocorrência (aids, transplante de órgão sólido ou células-tronco hematopoiéticas, etc), existem outros fatores de risco comuns em pacientes críticos relacionados principalmente às candidemias: cirurgia de grande porte de TGI, uso de dispositivos intravasculares, implantes de próteses, nutrição parenteral, entre outros.
- O 1-3-beta-D-Glucano é um antígeno presente na parede da maioria dos fungos que pode ser precocemente detectado na corrente sanguínea na vigência de infecções fúngicas invasivas. Embora um teste positivo não possa determinar a espécie de fungo envolvida na infecção, sua alta sensibilidade - com positividade anterior á positivação das hemoculturas nos casos de fungemia e até 10 dias antes do surgimento de sinais clínicos - e seu alto valor preditivo negativo o tornam muito útil para o rastreio de infecções fúngicas invasivas em pacientes predispostos, e para a suspensão de antifúngicos introduzidos empiricamente. O VPN ótimo para rastreamento é obtido com pelo menos duas coletas semanais. Em virtude da alta susceptibilidade do teste a contaminantes ambientais, recomenda-se repetir o teste em nova amostra para confirmar os resultados positivos.
- As infecções fúngicas superficiais e as colonizações não produzem liberação de 1-3-beta-D-Glucano na corrente sanguínea. Pacientes com intenso comprometimento inflamatório gastrointestinal (doenças inflamatórias, mucosite, trombose mesentérica) podem apresentar 1-3-beta-D-Glucano positivo no soro ("leaky gut").
- Alguns fungos, como Cryptococcus sp, fungos filamentosos da família Mucoraceae, e a fase leveduriforme de Blastomyces dermatitidis não produzem quantidades significativas de 1-3-beta-D-Glucano, de modo que um resultado negativo não exclui a presença de infecção por esses agentes.
- Certas membranas de celulose utilizadas em filtros de hemodiálise ou de preparação de hemoderivados podem conter 1-3-beta-D-Glucano e induzir resultados positivos na ausência de infecção fúngica. Aquelas compostas por triacetato de celulose ou de polimetacrilato de metilo aparentemente não interferem na análise.
- As gazes e compressas utilizadas em procedimentos cirúrgicos podem liberar 1-3-beta-D-Glucano na corrente sanguínea. Recomenda-se aguardar pelo menos 72 horas após o procedimento para coletar o exame.