Manual de exames

Clostridium difficile toxigênico, pesquisa do DNA, fezes

Outros nomes: Toxinas A e B de Clostridium difficile por PCR, Pesquisa por PCR Clostridium difficile, Pesquisa por PCR C. difficile, Pesquisa de clostridium difficile por PCR GeneXpert, Pesquisa de Clostridium nas fezes por PCR, Pesquisa por PCR para detecção de C. difficile NAP1

Este exame não precisa ser agendado

Orientações necessárias

I - Informações sobre o exame
- Este exame é indicado exclusivamente para pessoas com quadro diarréico.

II - Critérios de realização
- A amostra deve ser colhida em frasco sem conservador.
- Crianças que não usam fralda e adultos devem evacuar diretamente no frasco plástico grande, presente no kit, fechar o recipiente com a trava disponível e colocá-lo dentro do saco plástico tipo Zip.
- Para crianças que usam fralda ou que estão com diarreia, a amostra pode ser obtida por meio de saquinho do tipo "coletor de urina" e entregue nesse mesmo invólucro.
- Quando armazenado no frasco, o material também deve ser encaminhado ao laboratório em até duas hora após a coleta, se estiver refrigerada entre 2º a 8ºC por até 72 horas

Atenção: Para a entrega do material, é necessário consultar restrição de atendimento de horários das unidades.

Processamento e adequação da amostra

- Receber a amostra em frasco sem conservador de acordo com as condições abaixo:

- O material permanece estável nas seguintes condições
-- por duas hora em temperatura ambiente;
-- por 72 horas se refrigerada entre 2ºC a 8º C


Hospital Sírio Libanês:
- Processar a amostra no GeneXpert e liberar laudo conforme descrito na POP-HOS-196.
- Todas as amostras devem ser congeladas e armazenadas em freezer na Microbiologia do Hospital Sírio Libanês após a análise.


Método

- PCR em tempo real - GeneXpert.

Valor de referência

- Indetectável

Interpretação e comentários

- O teste que isoladamente tem melhor desempenho no diagnóstico das diarreias por C. difficile é a pesquisa do DNA do C. difficile nas fezes, por PCR em tempo real, utilizando-se o sistema GeneXpert. O tempo de análise no equipamento é de 45 minutos.
É importante ressaltar que o consenso europeu (Crobach et al. 2016) mais recente recomenda que os casos positivos na PCR sejam testados para glutamato desidrogenase (GDH) e sejam considerados como confirmados apenas aqueles positivos para ambos os testes. Entretanto, em estudo realizado no Fleury, em 150 amostras consecutivas de pacientes distintos, com uma positividade de 35%, a PCR apresentou sensibilidade de 98,0% e especificidade de 99,0% quando comparada à cultura toxigênica. Este achado evidencia a PCR como o teste mais sensível e específico e subsidia o uso isolado da PCR para avaliação de pacientes com diarreia e suspeita clínica de C. difficile, mas há necessidade de avaliação em populações com diferentes taxas de incidência.
- Segundo o consenso europeu (Crobach et al. 2016), a positividade simultânea dos testes para GDH e toxinas A e B, na presença de diarreia e epidemiologia sugestiva, é critério diagnóstico para diarreia por C. difficile. No mesmo estudo realizado no Fleury, o teste para GDH apresentou 98,0% de sensibilidade e 91,7% de especificidade, enquanto esses valores foram 51,0% e 100% para a pesquisa de toxinas A e B. O tempo de análise é de 30 minutos.
Quando há positividade para GDH e negatividade para as toxinas, com clínica compatível com a infecção por C. difficile, recomenda-se realizar a PCR ou a cultura toxigênica para a confirmação diagnóstica. Considerando-se a baixa sensibilidade do teste para toxinas A e B, um número significativo de amostras precisam de confirmação diagnóstica por PCR ou cultura toxigênica, o que posterga o diagnóstico.

- A PCR detecta a presença do operon no qual estão localizados os genes que codificam a enterotoxina A (tcdA) e a citotoxina B (tcdB), bem como seu regulador (tcdC). Além disso, identifica o gene cdtB, que codifica uma das subunidades da toxina binária. Quando há detecção de C. difficile é também avaliada a integridade do gene tcdC. Esta avaliação tem como objetivo detectar cepas potencialmente hipervirulentas; entretanto, em estudo realizado no Fleury, cerca de 35% das cepas de C. difficile da cidade de São Paulo apresentaram deleção parcial deste gene, sem correlação com maior gravidade na apresentação clínica. Estes achados diferem daqueles descritos para a cepa NAP1/027 (apresenta deleção parcial do gene tcdC) na Europa e Estados Unidos.
- Este teste não deve ser utilizado para controle de tratamento, uma vez que a positividade pode persistir por pelo menos duas semanas, a despeito da eficácia do tratamento.
- A repetição do teste, em intervalo de coleta inferior a sete dias, na vigência do mesmo quadro clínico, não é recomendada. O ganho em sensibilidade é de apenas 1%. Para informações adicionais consultar Luo et. Al. J Clin Microbiol. 2010;48(10):3738-41.
- Em caso de negatividade da PCR em tempo real e suspeita clínica de diarreia por C. difficile, a cultura toxigênica de fezes é o teste recomendado para o diagnóstico.
- Em resumo, há dois algoritmos diagnósticos. O primeiro iniciando com os testes para GDH e toxinas A e B e o segundo com a PCR. São considerados como critério diagnóstico a positividade para GDH e toxinas A e B ou GDH e PCR, simultaneamente. A pesquisa de toxinas não deve ser utilizada isoladamente como ferramenta diagnóstica.

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