Outros nomes: TRICHOMONAS VAGINALIS, PCR PARA TRICHOMONAS VAGINALIS, PCR PARA TRICHOMONAS, TESTE MOLECULAR PARA TRICHOMONAS VAGINALIS, PCR P/ TRICOMONAS, Trichomonas vaginalis pesquisa do DNA
I - Critérios de realização
- Necessário apresentar o pedido médico para a realização do exame.
- Menores de 16 anos precisam obrigatoriamente estar acompanhados por um responsável legal.
II - Preparo
- A análise pode ser feita em amostra de urina primeiro jato, secreção vaginal, secreção ou raspado de colo uterino.
Amostra de URINA:
- O exame é realizado em amostra do primeiro jato de urina.
- A cliente pode realizar sua higiene habitual.
- Para que a amostra de urina de primeiro jato possa ser colhida, a cliente deve ficar sem urinar por um período mínimo de duas horas.
Amostra de secreção vaginal ou endocervical:
- Nas 48 horas anteriores ao exame, é necessário seguir as seguintes recomendações:
- Não usar creme e/ou óvulo vaginal;
- Não utilizar ducha nem fazer lavagem interna;
- Não realizar exame ginecológico com toque, ultrassonografia transvaginal e/ou ressonância magnética da pelve;
- Não manter relações sexuais com ou sem uso de preservativo;
- Preferencialmente, a coleta não deve ser feita durante a menstruação, mas pode ser realizada em vigência de sangramento não-menstrual.
III- Material enviado:
O Fleury recebe material de raspado de colo uterino e/ou vaginal coletado em consultório, e conservado em ThinPrep. O material pode ser entregue em qualquer uma de nossas unidades respeitando o horário de atendimento, sem necessidade de agendamento prévio.
Material raspado de colo uterino ou vaginal
- A mesma amostra (única) pode ser utilizada para todos estes exames: CLAMDNA, NEISSDNA, UREAPLPCR, MYCOPLASMAPCR e TRICHOPCR.
- Enviar o material à seção, em temperatura ambiente.
- Estabilidade da amostra
Temperatura ambiente: 7 dias;
Refrigerado (2-8 ºC): 15 dias;
Congelado (20°C): não aceitável
URINA
Após receber o frasco plástico descartável com o material de urina de primeiro jato coletada, deve-se verificar se o volume está adequado (10 - 30mL). Caso esteja acima ou abaixo do volume especificado, comunicar o setor responsável (BMO).
- Enviar a amostra em tubo cônico estéril de tampa azul refrigerada.Mínimo 6 ml.
- A mesma amostra (única) pode ser utilizada para todos estes exames: CLAMDNA, NEISSDNA, UREAPLPCR, MYCOPLASMAPCR, TRICHOPCR, URIN1J, WUR1J e GRAMUR1J.
- Caso sejam solicitados URIN1J, WUR1J e GRAMUR1J, a amostra deve ser dividida em três (3) alíquotas: Microbiologia, Urinálise e Métodos Moleculares.
A urina de primeiro jato para Métodos Moleculares permanece estável nas seguintes condições:
Temperatura ambiente: 24 horas;
Refrigerado (2 a 8ºC): 7 dias;
Congelado (-20ºC): 30 dias.
Reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real
Indetectável
A tricomoníase acomete mais frequentemente mulheres do que homens e a coexistência de vaginose bacteriana e tricomoníase tem sido reportada em até 80% dos casos de vaginose.
A tricomoníase em mulheres pode ser assintomática em até 50% dos casos; quando sintomática, é caracterizada por corrimento purulento de odor acentuado, prurido e disúria. Pode haver dispareunia e sangramento pós-coito. Os órgãos mais frequentemente acometidos são a vagina, a uretra e as glândulas para-uretrais.
Em homens, a tricomoníase pode ser assintomática em até 75% dos casos, grande parte dos casos tem resolução espontânea, mas em uma fração menor dos casos pode haver persistência por meses. Os sintomas, quando presentes, são aqueles de uretrite.
Três testes podem ser utilizados no diagnóstico da tricomoníase: microscopia direta do material clínico, cultura em meio de Diamond e pesquisa do DNA por PCR. O teste com maior sensibilidade é a detecção do DNA (PCR), com até 100% de sensibilidade e 99,9% de especificidade em algumas publicações, enquanto a combinação da cultura e microscopia do material clínico tem sensibilidade de 71% em amostras de corrimento vaginal. Para informações adicionais consultar Schirm et al. J Microbiol Methods. 2007;68(2):243-7.
Em amostras de primeiro jato de urina em pacientes do sexo masculino, a sensibilidade da PCR é de 92,7% e a especificidade 95,2%. Para informações adicionais consultar Hobbs et al. J Clin Microbiol. 2006; 44(11): 3994-9.