Manual de exames

Eletroneuromiografia

Outros nomes: ELETROMIOGRAFIA, ELETRONEUROMIOGRAFIA, EMG, ELETRONEUROGRAFIA, Estudo de condução nervosa, Neurocondução, ELETRONEUROMIOGRAFIA DE MEMBROS INFERIORES, ELETRONEUROMIOGRAFIA DE MEMBROS SUPERIORES, ELETRONEUROMIOGRAFIA DE FACE

Este exame precisa ser agendado

Orientações necessárias

I – Informações sobre o exame:
- Este procedimento avalia funcionalmente nervos e músculos sem utilizar anestesia ou sedação.
O Fleury não realiza exame das regiões: intraorbitária, faríngea, laríngea, intercostal, músculo ocular ou músculo elevador da pálpebra.
Não realizamos eletromiografia de diafragma. Este exame é realizado somente em ambiente hospitalar.

II - Preparo
- O cliente deve evitar a aplicação de cremes ou pomadas na região a ser estudada.
- É necessário apresentar exames anteriores (eletroneuromiografia, liquor, tomografia ou ressonância de coluna e biópsia de nervo ou músculo).

III - Interferentes
O uso de anticoagulante aumenta o risco de formação de grandes hematomas intramusculares. Portanto, orienta-se a suspensão da medicação antes do exame. Ressaltamos que esta suspensão somente deve ser realizada após autorização do médico responsável. Observe o tempo necessário de suspensão antes do exame de acordo com cada grupo de anticoagulantes: Grupo 1) Dabigatrana (Pradaxa®), Rivaroxabana (Xarelto®), Apixabana (Eliquis®), Edoxabana (Lixiana®): suspender 48 horas antes; Grupo 2) Varfarina (Marevan® e Coumadin®), Femprocumona (Marcoumar®): pelo menos 7 dias antes ou dosagem recente, preferencialmente na véspera, do tempo de protrombina com valor de INR menor ou igual a 2,5. Grupo 3) Enoxaparina (Clexane®): 24 horas antes. Os clientes que não puderem por orientação médica suspender o anticoagulante, podem ser submetidos apenas o estudo de condução nervosa (parte dos choquinhos), mas não ao estudo com agulha, podendo haver alguma limitação na conclusão final. A depender da hipótese diagnóstica, o estudo com agulha pode ser fundamental para o diagnóstico. Nestes casos, o médico executor poderá suspender o exame. Em caso de dúvidas, entrar em contato com a equipe médica do setor.
- Clientes com distúrbios da coagulação apresentam risco maior de grandes hematomas intramusculares. É recomendável conversar com o médico hematologista responsável. Somente realizamos o estudo com agulha em pacientes com níveis de plaquetas superiores a 50.000 mm3.
- O uso de medicação anticolinesterásica, como Mestinon®, pode normalizar o teste de estimulação repetitiva para o diagnóstico de miastenia. Assim, recomenda-se a suspensão desse medicamento 48 horas antes do exame, desde que autorizada pelo médico assistente.
- Pacientes com desfibrilador cardíaco implantado devem apresentar autorização por escrito do seu médico cardiologista para a realização do exame.
Em pacientes com marcapasso, o exame é seguro com alguns cuidados técnicos no momento do exame. No caso de dúvidas, orienta-se consultar o seu médico cardiologista.

IV - Tempo de duração do exame
- A eletroneuromiografia dura cerca de uma hora.

Método

- Técnicas disponíveis:
* Velocidade de condução motora e latência distal motora
* Velocidade de condução sensitiva (incluindo "near-nerve")
* Ondas F e reflexo H
* Centimetragem ("inching")
* Estimulação repetitiva (decremento)
* Reflexo do piscamento
* Reflexo cutâneo-simpático (resposta autonômica)
* Reflexo bulbo-cavernoso
* Eletromiografia
* Eletromiografia quantitativa (multi-MUP e relação Amp/Turn)
* Eletromiografia de superfície em 2 canais

Valor de referência

Velocidade de condução motora:
MMSS: > 50 m/s
MMII: > 42 m/s

Velocidade de condução sensitiva:
Punho-dedo: > 48 m/s
Demais MMSS: > 50 m/s
MMII: > 40 m/s

Interpretação e comentários

- A eletroneuromiografia é composta de uma série de testes neurofisiológicos que visam ao estudo funcional do sistema nervoso periférico, da junção neuromuscular e dos músculos. A avaliação compreende as etapas de neurocondução e eletromiografia. Durante a neurocondução, o cliente recebe um estímulo elétrico nos nervos e a resposta produzida a distância (motora, sensitiva, mista ou autonômica) é captada. O método afere as amplitudes e as latências das respostas e, a partir desses dados, permite o cálculo da velocidade de condução nervosa. Já a etapa da eletromiografia baseia-se no estudo da atividade elétrica gerada pelas unidades motoras na intimidade do músculo, em diferentes estados de ativação, e captada por meio de um eletrodo em forma de agulha.
- A eletroneuromiografia está indicada para a investigação de lesões nervosas periféricas focais, tais como síndrome do túnel do carpo, paralisia facial, radiculopatias, plexopatias e outras neuropatias compressivas ou traumáticas. O estudo permite topografar e quantificar a lesão, com informações prognósticas relevantes. O exame também é importante na caracterização de polineuropatias ou mononeurites múltiplas, mapeando sua distribuição e discriminando as lesões entre axonais e desmielinizantes. Na elucidação de déficits motores de origem periférica, a eletroneuromiografia consegue diagnosticar miopatias, afecções da ponta anterior da medula e condições miastênicas. Além disso, pode ser útil em outras situações, como no estudo de tremores e distonias e na avaliação do assoalho pélvico em casos de incontinência fecal ou disfunção erétil.
- Nas lesões nervosas agudas, sejam neuropatias, sejam radiculopatias, é importante reconhecer que a degeneração axonal distal demora de 7 a 14 dias para se tornar evidente na neurocondução e que os sinais de desnervação muscular na eletromiografia só aparecem por volta da terceira semana.

Regiões estudadas

Face (incluindo pálpebras), Língua, Musculatura mastigatória, Cervical, Membros superiores, Cintura escapular, Abdome, Paravertebral cervical, torácico e lombossacral, Membros inferiores, Cintura pélvica, Gênito-perineal.


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