Manual de exames

Eletroneuromiografia, de membros inferiores

Outros nomes:

Este exame precisa ser agendado

Regiões estudadas

Membros inferiores (direito e/ou esquerdo), coxas, pernas, tornozelos e pés


Método

Técnicas disponíveis:
Velocidade de condução motora e latência distal motora
Velocidade de condução sensitiva
Ondas F e reflexo H
Centimetragem ("inching")
Eletromiografia

Valor de referência

Velocidade de condução motora:
MMSS: > 50 m/s
MMII: > 42 m/s

Velocidade de condução sensitiva:
Punho-dedo: > 48 m/s
Demais MMSS: > 50 m/s
MMII: > 40 m/s

Interpretação e comentários

- A eletroneuromiografia é composta de uma série de testes neurofisiológicos que visam o estudo funcional do sistema nervoso periférico, da junção neuromuscular e dos músculos. O estudo dos membros inferiores contempla duas etapas: estudo de condução nervosa e eletromiografia. Durante o estudo de condução nervosa, o cliente recebe um estímulo elétrico nos nervos e a resposta produzida a distância (motora, sensitiva ou mista) é captada. O método afere as amplitudes e as latências das respostas e, a partir desses dados, permite o cálculo da velocidade de condução nervosa. Já a etapa da eletromiografia baseia-se no estudo da atividade elétrica gerada pelas unidades motoras na intimidade do músculo, em diferentes estados de ativação, e captada por meio de um eletrodo em forma de agulha.
- Há também testes que podem ser solicitados como complemento ao estudo principal: teste de estimulação repetitiva (avalia junção neuromuscular), avaliação eletromiográfica quantitativa (indicado na suspeita de miopatia), avaliação de distúrbio do movimento (no caso de tremores e distonias), avaliação de segmento complementar (investigação de radiculopatias), avaliação de segmento especial (suspeita de plexopatias, avaliação território escapular, bulbar, região abdominal, torácica, cervical ou pescoço), avaliação autonômica (sistema nervoso autonômico).
- Dependendo da hipótese diagnóstica ou dos achados do exame pode ser necessária a complementação do exame com estudo dos membros superiores, face ou testes complementares para melhor definição do quadro neurofisiológico.
- A eletroneuromiografia dos membros inferiores está indicada para a investigação de lesões nervosas periféricas focais, tais como síndrome do túnel do tarso, radiculopatias, plexopatias e outras neuropatias compressivas ou traumáticas. O estudo permite topografar e quantificar a lesão, com informações prognósticas relevantes. O exame também é importante, muitas vezes com necessidade de complementação com estudo dos membros superiores para caracterização de polineuropatias ou mononeurites múltiplas, mapeando sua distribuição e discriminando as lesões entre axonais e desmielinizantes. Na elucidação de déficits motores de origem periférica, a eletroneuromiografia de membros inferiores precisa ser complementada com estudo dos membros superiores para diagnosticar miopatias, afecções da ponta anterior da medula e condições miastênicas.
- Nas lesões nervosas agudas, é importante reconhecer que a degeneração axonal distal demora de 7 a 14 dias para se tornar evidente no estudo de condução nervosa e que os sinais de desnervação muscular na eletromiografia só aparecem por volta da terceira semana.

Orientações necessárias

"I – Informações sobre o exame:
- Este procedimento avalia funcionalmente nervos e músculos sem utilizar anestesia ou sedação.

II - Preparo
- O cliente deve evitar a aplicação de cremes ou pomadas na região a ser estudada.
- É necessário apresentar resultados de exames anteriores, se os mesmos foram realizados fora do Grupo Fleury (eletroneuromiografia, liquor, tomografia ou ressonância de coluna, biópsia de nervo ou músculo).

III - Interferentes
- O uso de anticoagulante aumenta o risco de formação de grandes hematomas intramusculares. Portanto, orienta-se a suspensão da medicação antes do exame. Ressaltamos que esta suspensão somente deve ser realizada após autorização do médico responsável. Observe o tempo necessário de suspensão de acordo com cada grupo de anticoagulantes: Grupo 1) Dabigatrana (Pradaxa®), Rivaroxabana (Xarelto®), Apixabana (Elequis®), Edoxabana (Lixiana®): suspender 48 horas antes do exame; Grupo 2) Varfarina (Marevan® e Coumadin®), Femprocumona (Marcoumar®): pelo menos 7 dias antes do exame ou dosagem recente, preferencialmente na véspera, do tempo de protrombina com valor de INR menor ou igual a 2,5. Grupo 3) Enoxaparina (Clexane®): 24 horas antes do exame. Os clientes que não puderem por orientação médica suspender o anticoagulante, podem ser submetidos apenas o estudo de condução nervosa (parte dos choques), mas não ao estudo com agulha, podendo haver limitação na conclusão final. A depender da hipótese diagnóstica, o estudo com agulha pode ser fundamental para o diagnóstico. Nestes casos, o médico executor poderá suspender o exame. Em caso de dúvidas, entrar em contato com a equipe médica do setor.
- Clientes com distúrbios da coagulação apresentam risco maior de grandes hematomas intramusculares. É recomendável conversar com o médico hematologista responsável. Somente realizamos o estudo com agulha em pacientes com níveis de plaquetas superiores a 50.000 mm3.
- O uso de medicação anticolinesterásica, como Mestinon®, pode normalizar o teste de estimulação repetitiva para o diagnóstico de miastenia. Assim, recomenda-se a suspensão desse medicamento 48 horas antes do exame, desde que autorizada pelo médico assistente.
- Pacientes com desfibrilador cardíaco implantado devem apresentar autorização por escrito do seu médico cardiologista para a realização do exame.
- Pacientes com marcapasso não poderão ser submetidos ao teste de estimulação repetitiva (investigação de miastenia), a menos que o dispositivo possa ser desligado. De uma forma geral, o exame é seguro em pacientes com marcapasso com alguns cuidados técnicos no momento do exame. No caso de dúvidas, orienta-se consultar o médico cardiologista.

IV - Tempo de duração do exame
- A eletroneuromiografia de membros superiores dura cerca de 30 minutos."

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