Outros nomes: CD107a, células NK, Expressão de CD107a em células NK, Ensaio funcional para hemofagocitose linfohistiocítica (HLH), NK, CD107a, Natural Killer, CD107a, Ensaio funcional de células NK para hemofagocitose linfohistiocítica (HLH), Ensaio de degranulação de células NK, Atividade citotóxica de células NK, Avaliação da degranulação de células NK
Não manusear;
Estabilidade da amostra:
Temperatura ambiente: não aceitável;
Refrigerada (2-8 ºC): 24h;
Congelada (-20ºC): não aceitável.
A expressão de CD107a em células NK é utilizada como marcador funcional de degranulação citotóxica e é avaliada por citometria de fluxo. Após o isolamento dos PBMC, as células são submetidas a diferentes condições de estímulo, como cocultura com células K562 ou ativação com PMA/Ionomicina, além de uma condição basal para controle. Durante a incubação, a expressão de CD107a é monitorada na superfície celular como indicativo da liberação de grânulos citotóxicos. Após o estímulo, as células são coradas com anticorpos contra CD3 e CD56 para identificação do compartimento NK (CD3?CD56?) e analisadas por citometria de fluxo. Essa abordagem permite avaliar a capacidade funcional das células NK em diferentes contextos de ativação.
Normalidade: expressão de CD107a acima de 5%
A avaliação da expressão funcional de CD107a (LAMP-1) em células NK (natural killer) por citometria de fluxo representa uma ferramenta diagnóstica importante para investigar a capacidade citotóxica do sistema imune inato. CD107a é uma proteína de membrana lisossomal que se transloca para a superfície celular durante o processo de desgranulação, atuando como marcador indireto da liberação de grânulos citotóxicos.
A detecção da expressão de CD107a na membrana de células NK ativadas é indicativa de uma resposta funcional adequada, enquanto níveis reduzidos ou ausentes podem sugerir defeitos na via de desgranulação, como ocorre em formas primárias de hemofagocitose linfo-histiocítica (HLH) ou em outras imunodeficiências primárias. Além disso, alterações na expressão de CD107a também podem ser observadas em condições clínicas secundárias, como infecções virais crônicas, neoplasias hematológicas e uso de imunossupressores.
O ensaio é realizado por meio da incubação de células mononucleares periféricas com estímulos específicos na presença de anticorpos monoclonais anti-CD107a, permitindo a detecção da proteína na superfície celular durante a ativação. Essa abordagem funcional oferece vantagens em relação à análise de proteínas intracelulares, pois permite avaliar diretamente a capacidade de resposta das células NK em tempo real.
É importante ressaltar que resultados isolados devem ser interpretados com cautela. Pacientes portadores de variantes genéticas que afetam etapas posteriores à desgranulação, podem apresentar expressão normal de CD107a, apesar de disfunção citotóxica. Por outro lado, variantes que afetam diretamente a maquinaria de exocitose podem resultar em expressão diminuída, mesmo na presença de proteínas citotóxicas funcionais.