Manual de exames

Imuno-histoquímico, p/detecção do produto gênico MLH1 e MSH2, Vários Materiais

Outros nomes: IHQ, IH, IMUNO, PROTEÍNAS DE REPARO DO DNA, Detecção do produto gênico de MLH1, MSH2, MSH6 e PMS2 em câncer colorretal, Pesquisa de instabilidade de microssatélites por imunohistoquímica, Estudo imunohistoquímico para pesquisa de instabilidade de microssatélites, Instabilidade de microssatélites (MSI) por imunohistoquímica, Imuno histoquímica

Este exame não precisa ser agendado

Orientações necessárias

Este exame é realizado em material obtido por biópsia/ressecção cirúrgica, fixado em formol tamponado a 10%, B5 ou paraformaldeído, ou em fragmentos de tecidos incluídos em bloco de parafina, acompanhados da cópia do laudo original e de lâminas coradas.
- Se o fixador não for formol a 10%, é importante informar a hora certa em que a amostra foi colocada em outro conservador (como Bouin).
- O exame pode ser feito em líquidos, esfregaços citológicos ou raspados de lesão, porém a reação imunoistoquímica nesses materiais depende da avaliação prévia da qualidade da amostra.
- De preferência, o material deve ser enviado em até 24 horas após a coleta.

Para saber sobre estes exames e como realizar, acesse:
https://www.fleurygenomica.com.br/

Processamento e adequação da amostra

- Enviar o material para a seção.

Método

- Fragmentos de tecidos seccionados, de 2 a 3 micra, são desparafinizados, hidratados e submetidos a bloqueio da peroxidase endógena, com sucessivos banhos de água oxigenada. A seguir, são incubados com anticorpos primário, em lâminas separadas, a 4°C, overnight, depois, com o anticorpo secundário biotinilado a 37°C, por 30 minutos, e, por último, com o complexo Streptavidina-biotina-peroxidase a 37°C, também por 30 minutos. Finalmente, a reação é revelada com diaminobenzidine (DAB) e contracorada com hematoxilina de Harris. Preparados citológicos podem também ser submetidos a exame imunocitoquímico por meio de técnica semelhante.
Anticorpos:
MLH1
MSH2
MSH6
PMS2

Valor de referência

- Expressão de MLH1 e MSH2 preservada.
- O resultado do exame baseia-se na interpretação do conjunto de resultados.

Interpretação e comentários

- O câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC ou síndrome de Lynch) constitui a principal síndrome hereditária de predisposição a neoplasias de cólon e reto, sendo responsável por cerca de 3% a 15% do total de cânceres colorretais.
- Em torno de 90% dos tumores de pacientes com HNPCC e de 15% dos tumores esporádicos apresentam alterações genéticas em genes responsáveis pelo reparo do DNA (MLH1, MLH3, MSH2, MSH3, MSH6, PMS1 e PMS2), aos quais cabe a identificação e a excisão de erros durante a replicação, acarretando o fenômeno de instabilidade de microssatélites (MSI). Aproximadamente 50% dos casos diagnosticados de HNPCC têm mutações no gene MLH1 e cerca de 30%, no gene MSH2, o que ocasiona a perda da expressão dessas proteínas, normalmente encontradas em diferentes tecidos. Assim, em indivíduos com HNPCC, espera-se a negatividade de uma dessas proteínas em cerca de 80% dos casos.
- Quando realizado após a pesquisa de instabilidade de microssatélites por PCR, este exame orienta qual gene deve ser seqüenciado em busca da mutação familiar, permitindo o rastreamento genético de outros membros da família. Por sua vez, a identificação dos familiares em risco permite um acompanhamento próximo para o diagnóstico precoce de neoplasias na síndrome de Lynch.

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