Outros nomes: ANGIOEDEMA HEREDITÁRIO, INIBIDOR C1 ESTERASE FUNCIONAL, C1 ESTERASE FUNCIONAL, C1 INATIVADOR FUNCIONAL, INIBIDOR DE C1 FUNCIONAL, C1 INH FUNCIONAL, INIBIDOR C1 ESTERASE FUNCIONAL, EDEMA ANGIONEURÓTICO HEREDITÁRIO, C1-INH INIBIDOR DE C1 ESTERASE FUNCIONAL, ANGIOEDEMA HEREDITÁRIO, INIBIDOR C1 ESTERASE QUALITATIVO, C1 ESTERASE QUALITATIVO, C1 INATIVADOR QUALITATIVO, INIBIDOR DE C1 QUALITATIVO, C1 INH QUALITATIVO, INIBIDOR C1 ESTERASE QUALITATIVO, EDEMA ANGIONEURÓTICO HEREDITÁRIO, C1-INH INIBIDOR DE C1 ESTERASE QUALITATIVO
"EXAME:
- Este exame não necessita de preparo.
- Este exame faz a determinação da atividade Inibidor de C1q funcional ""C1 Esterase Inibidor, Funcional""."
"ATENÇÃO:
- Encaminhar o material imediatamente à Distribuição.
- O material precisa ser centrifugado, aliquotado e congelado em até 1 hora após a coleta do exame.
PROCESSAMENTO:
- Centrifugar a 2200 g por 10 minutos;
- Aliquotar 1,0 mL de soro em tubo de alíquota padrão;
- Volume mínimo: 0,5 mL
- Encaminhar material congelado.
CRITÉRIOS DE REJEIÇÃO:
- Amostras coletas em tubos com gel separador.
- Amostras com lipemia acentuada.
- Amostras descongeladas.
Estabilidade da amostra:
Ambiente: não aceitável;
Refrigerado (2-8 ºC): não aceitável;
Congelado (-20 ºC): 30 dias."
Imunoensaio Enzimático
"Normal: Superior ou igual a 68%
Indeterminado: 41 a 67%
Alterado: Inferior ou igual a 40%"
"O angioedema hereditário (AEH, ou também conhecido como edema angioneurótico hereditário) é uma doença monogênica clinicamente manifesta pela presença de edema subcutâneo ou submucoso localizado, geralmente autolimitado, sem resposta a anti-histamínicos e espontâneo, embora possa ser desencadeado por traumas, injeções locais, vacinas, dentre outros. Os indivíduos afetados podem exibir episódios de angioedema na face, nos lábios, nas mãos, no abdômen (incluindo vísceras e mucosas) ou, mais gravemente, nas vias aéreas. Sua patogênese é complexa e envolve a hiperativação de moléculas vasodilatadoras, em especial (mas não exclusivamente) as do sistema das cininas.
A forma clínica mais comum (85% dos casos) e a primeira identificada molecularmente foi associada à presença de variantes “nonsense” no gene SERPING1, que codifica o inibidor esterase de C1q (C1INH). Essa condição patológica leva à produção de proteínas truncadas ou mesmo à sua ausência e passou a ser chamada de AEH tipo 1. A posteriori, foram descritas variantes nesse mesmo gene (geralmente “missense”) que levam à perda de função da C1INH, embora a sua produção seja preservada, cuja forma clínica foi denominada AEH tipo 2 (13% dos casos). Tanto no tipo 1 quanto no tipo 2 a herança mendeliana pode ser autossômica dominante ou recessiva e os pacientes classicamente apresentam níveis baixos de C4, mesmo fora de crises, porém níveis normais dos outros componentes do sistema complemento. Enquanto no tipo 1 a quantificação da proteína sérica consegue definir o diagnóstico (sigla INIBC1), para o tipo 2 é preponderante a determinação da funcionalidade do C1INH (sigla INIBC1FUNC), tendo em vista que, nesse último caso, os níveis séricos são normais, embora a proteína seja funcionalmente inativa. Os 2% restantes dos casos apresentam AEH com C1INH normal, os quais são causados por variantes patogênicas de herança autossômica dominante em outros genes: F12 (fator XII da coagulação), PLG (plasminogênio) e ANGPT1 (angiopoietina-1). Por essa razão, tais formas clínicas são atualmente descritas respectivamente como tipo 3, tipo 4 e tipo 5. A presença de variantes nesses genes pode ser pesquisada por meio de sequenciamento genético (sigla ANGIOEDEMAHERHD). O OMIM também reconhece variantes heterozigóticas nos genes KNG1 (tipo 6), MYOF (tipo 7) e HS3ST6 (tipo 8) como formas adicionais de AEH, embora tais dados ainda precisem ser validados. "