Manual de exames

Pró-calcitonina, dosagem, plasma

Outros nomes: Pró calcitonina no plasma, Procalcitonina, Procalcitonina dosagem no plasma

Este exame não precisa ser agendado

Orientações necessárias

- Este exame não necessita de preparo.

Processamento e adequação da amostra

Centrifugar, imediatamente, por 10 minutos 2200 g a 4 ºC;
- Aliquotar o plasma em tubo plástico vacutainer( alíquota padrão), congelar imediatamente e enviar congelado.
- Volume mínimo 1,0 mL

Estabilidade da amostra após centrifugação:
Temperatura ambiente (20-25°C): 4 horas;
Refrigerada (2-8 °C): 48 horas;
Congelada (Inferior a -20 °C): 12 meses.

ATENÇÃO:
- Esse exame necessita de processamento imediato (estabilidade em temperatura ambiente 20-25°C 1 hora).
- Necessário consultar restrição de atendimento de horários das unidades.

Método

- Eletroquimioluminescência.

Valor de referência

NOTA:
- O aumento do nível plasmático de procalcitonina pode ser observado
em quadros infecciosos e não infecciosos. A elevação inicia-se em 2 a
4 horas após a deflagração do processo inflamatório, atinge seu máximo
em 48 horas e regride rapidamente durante a recuperação clínica;
portanto recomenda-se que a decisão clínica seja baseada em dosagens
seriadas, com intervalos de 6 a 24 horas, em função da variabilidade
individual dos níveis séricos.
- As causas não infecciosas mais comuns do aumento do nível plasmático
são: pancreatite, infarto mesentérico, grandes cirurgias, queimaduras
extensas e tumores neuroendócrinos.

Contexto Clínico Etiologia.....................................................Sensibilidade...................Especificidade
Diagnóstico/Conduta

--Meningite aguda em crianças:
Viral < 0,5 ng/mL
Bacteriana > 0,5 ng/mL.....................................94%................................100%

--Doenças autoimunes:
Sem infecção < 0,5 ng/mL
Com infecção > 0,5 ng/mL...............................100%.................................84%

--Transplante renal:
Rejeição < 0,5 ng/mL
Com infecção > 0,5 ng/mL................................87%.................................70%

--Pneumonia:
Viral < 2,0 ng/mL
Bacteriana > 2,0 ng/mL....................................63%.................................96%

--Pancreatite:
Necrose estéril < 1,8 ng/mL
Necrose infectada > 1,8 ng/ml..........................94%..................................91%

--Tratamento Antimicrobiano:
Interrupção recomendada < 0,25 ng/mL
Manutenção recomendada > 0,5 ng/mL................NA................................NA


Referências:
1- Reinhart K, Meisner M. Biomarkers in the critically ill patient:
procalcitonin. Crit Care Clin. 2011;27(2):253-63.
2- Bouadma L et al. Use of procalcitonin to reduce patients' exposure
to antibiotics in intensive care units (PRORATA trial): a multicentre
randomised controlled trial. Lancet. 2010;375(9713):463-74.



Interpretação e comentários

- A procalcitonina (PCT) é um pró-hormônio distinto da calcitonina, sintetizado pelas células C da tiróide em condições fisiológicas. Contudo, pode ter síntese extratiroidiana em determinadas situações, tais como sepse, síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS), grandes cirurgias, traumas e grandes queimaduras, mesmo sem sinais evidentes de infecção. Em modelos com voluntários, a PCT torna-se detectável quatro horas após a injeção de endotoxina de E. coli, mantém pico sérico entre 8 e 24 horas e, a seguir, decresce. Segundo uma série de estudos, a dosagem de PCT seria superior à determinação de proteína C reativa para o diagnóstico de sepse e/ou infecção, embora haja discordâncias.
- Os valores da dosagem de PCT podem estar elevados em outras circunstâncias distintas da sepse, razão pela qual devem ser analisados com cuidado, dentro do contexto clínico do paciente.
- Embora os níveis de PCT habitualmente sejam inferiores a 0,5 ng/mL, os pacientes que apresentam índices entre 0,5 e 2,0 ng/mL podem se beneficiar da repetição da dosagem da PCT em torno de 6 a 24 horas para a definição mais clara da tendência de resposta inflamatória.

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