Outros nomes: Doenca de Chagas, Doenca de Chagas, Tripanosomiase, Trypanosomiase, Trypanossoma cruzi IgM qualitativo, Tripanossoma cruzi, imunofluorescencia para chagas
Exame:
- Este exame não necessita de preparo.
Aguardar 30 minutos;
Centrifugar a 2200g por 10 minutos a 18 ºC;
Não aliquotar;
Volume mínimo: 0,5 mL;
Encaminhar material refrigerado ao LARI-LARN.
Critérios de rejeição:
- Hemólise acentuada;
- Lipemia acentuada;
- Contaminação microbiana;
- Amostra inativada pelo calor.
Estabilidade da amostra:
Temperatura ambiente: Não aceitável;
Refrigerada (2-8 ºC): 5 dias;
Congelada (-20 ºC): 30 dias.
Imunofluorescência Indireta
Não reagente
Os testes sorológicos são utilizados como um dos critérios para diagnóstico da Doença de Chagas e para triagem em bancos de sangue. Entretanto, alguns cuidados são necessários na escolha do método e sua interpretação.
O Machado Guerreiro (Fixação de complemento) era o exame de escolha no passado, mas por apresentar baixa sensibilidade (60%), baixa especificidade e complexidade na sua execução, não mais deve ser utilizado.
Os métodos por hemoaglutinação, imunofluorescência e imunoensaio apresentam sensibilidade próximo a 100%. Tendo em vista a possibilidade de falso-positivos (reações cruzadas com leishmania, malária, sífilis, toxoplasmose, hanseníase, colagenoses, hepatites) é recomendado que o soro seja testado em pelo menos dois métodos diferentes para confirmação da positividade da sorologia. Ressalta-se que a Organização Mundial de Saúde preconiza o uso de pelo menos dois testes de diferentes métodos para o diagnóstico laboratorial da doença de Chagas.
A hemoaglutinação é utilizada para triagem devido sua praticidade e boa sensibilidade. Entretanto, tem especificidade inferior à imunofluorescência e ao imunoensaio enzimático.
A imunofluorescência indireta IgG é um exame sensível no diagnóstico da Doença de Chagas. A imunofluorescência indireta IgM pode ser útil para caracterizar a fase aguda, embora não seja o método de escolha neste contexto. Ambos apresentam menor reprodutibilidade que o imunoensaio enzimático (ELISA).
O imunoensaio enzimático utiliza antígenos altamente purificados com maior sensibilidade (98 a 100%), maior especificidade (93 a 100%) e leitura mais objetiva. O imunoensaio de partículas em gel apresenta sensibilidade de 96,8% e especificidade de 94,6%.
A utilização das técnicas sorológicas em Doença de Chagas aguda pode ser útil na ausência de exames parasitológicos positivos, nos casos em que persista a suspeita clínica e haja risco epidemiológico. O seguimento sorológico pode ser necessário com um intervalo de 20 a 30 dias entre as coletas. Uma soroconversão, neste caso, poderá indicar doença aguda em curso ou já em fase de regressão.