Asma e seus fatores desencadeantes

Asma é uma doença respiratória crônica caracterizada por inflamação dos brônquios. Tosse, falta de ar (dispneia), chiado (sibilos) e sensação de aperto no peito são sintomas dessa doença.

Asma é uma doença respiratória crônica caracterizada por inflamação dos brônquios. Tosse, falta de ar (dispneia), chiado (sibilos) e sensação de aperto no peito são sintomas dessa doença.

A asma resulta da interação entre fatores genéticos e ambientais e o seu diagnóstico é importante, pois muitas doenças podem mascarar os sintomas de asma, assim como desencadear e agravar os sintomas nas pessoas que têm asma.  


É verdade que existem vários tipos de asma?

Sim. De uma maneira resumida, temos a asma alérgica e a não alérgica.


Asma alérgica

A asma alérgica é o tipo mais comum, que tem início geralmente na infância e está associada com história familiar de alergia. Ela é desencadeada por alérgenos como ácaros, poeira, fungos, polens e muitas vezes está associada com a rinite e a dermatite atópica.


Asma não alérgica

A asma não alérgica, por sua vez, tem seu início na adolescência ou na vida adulta e os sintomas podem ser desencadeados pela atividade física, estresse, ar frio, entre outras causas. Diferentemente da asma alérgica, não há história pessoal e familiar de alergia. 

A asma também pode ser exacerbada pela aspirina (e outro anti-inflamatórios não esteroidais) e associada à polipose nasal e rinossinusite crônica, a chamada doença respiratória exacerbada por aspirina (DREA) ou síndrome de Samter.


Quais são os fatores desencadeantes da asma?

Diversos fatores podem estar implicados em uma crise de asma ou na sua piora.

São eles:

  • Alérgicos: ácaros da poeira domiciliar, epitélio de animais, baratas, fungos (mofos), polens, entre outros. Estão presentes em mais de 80% das crianças e mais de 50% dos adultos com asma.
  • Irritantes: fumaça de cigarro, perfumes, odores intensos.
  • Poluentes atmosféricos.
  • Infecções respiratórias: gripe, resfriado, sinusite, pneumonia.
  • Doenças: rinite, polipose nasal, refluxo gastroesofágico, obesidade são doenças que podem agravar a asma.
  • Mudanças bruscas de temperatura: o ar frio e seco pode desencadear uma crise de asma.
  • Medicamentos: anti-inflamatórios de forma geral (podem desencadear uma crise em 5% a 20% dos asmáticos), betabloqueadores (usados no tratamento da hipertensão arterial, para controle de batimentos cardíacos), inibidores da enzima conversora de angiotensina (captopril, enalapril, entre outros. Essas medicações podem causar tosse em torno de 10% das pessoas, mesmo em não asmáticos).
  • Fatores ocupacionais: substâncias inalantes encontradas no ambiente de trabalho.
  • Exercício: cerca de 80% dos asmáticos têm crises provocadas pelo esforço físico. Existem pessoas que apresentam os sintomas de asma apenas com a atividade física – asma induzida pelo exercício.  
  • Aspectos emocionais: estresse, ansiedade e depressão.
  • Alterações hormonais: gravidez, menopausa, anticoncepcionais, menstruação.


E como realizar o controle ambiental, para minimizar as crises de asma?

No caso da asma alérgica desencadeada por inalantes como ácaros, baratas, fungos e polens, algumas medidas são recomendadas:

  • utilização de capas impermeáveis a ácaros em colchão e travesseiro
  • remoção de carpetes e tapetes
  • limpeza do chão e móveis com pano úmido e uso frequente de aspirador de pó
  • controle de baratas através de um profissional especializado, além de manter alimentos em recipientes fechados e evitar a permanência de lixo e louças sujas na cozinha
  • no caso dos polens, manter janelas fechadas durante o dia, nas estações polínicas (mais concentradas na região sul do Brasil) e evitar sair durante os períodos de grande concentração polínica


Apenas o controle ambiental é suficiente?

Nos indivíduos diagnosticados com asma, além do controle ambiental é necessário seguir as orientações médicas quanto ao uso de medicações, que podem ser de uso contínuo ou de resgate (utilizados durante as crises).

É muito importante procurar o médico na suspeita de asma e manter as consultas regulares, pois a asma pode impactar a qualidade de vida em qualquer idade e quando ela não é tratada, pode levar a alterações irreversíveis das vias aéreas.