Coronavirus e as doenças inflamatórias autoimunes

Com a COVID-19, é necessário atenção especial para aqueles que realizam tratamentos infusionais.

Diante da pandemia pelo novo coronavírus ou SARS-CoV-2, que causa a doença COVID-19, é importante uma atenção especial aos idosos e aos pacientes portadores de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.

Entretanto, até o momento não há dados suficientes que comprovem uma pior evolução da COVID-19, em indivíduos que apresentam doenças autoimunes ou naqueles que utilizam medicações imunossupressoras ou agentes imunobiológicos. Portanto, é fundamental que todos os pacientes consultem seus médicos para obter informações sobre a melhor conduta para o seu caso, mesmo que estejam assintomáticos ou se são contatos próximos de familiares com sintomas respiratórios.

A decisão da manutenção de tais medicações será avaliada individualmente baseado no risco/benefício com o uso de medicamentos como corticosteroides (prednisona/prednisolona), imunossupressores ou imunobiológicos.

Tais medicamentos são: metotrexato, ciclofosfamida, azatioprina, ciclosporina, micofenolato mofetila, imunobiológicos (infliximabe, adalimumabe, etanercepte, golimumabe, certolizumabe, rituximabe, tocilizumabe, abatacepte, secuquinumabe, ixequizumabe, ustequinumabe, belimumabe, guselcumabe, vedolizumabe), e inibidores de JAK (tofacitinibe, baricitinibe, upadacitinibe).

Abaixo listamos algumas situações que precisam de atenção:

• Uso de corticosteroides: naqueles pacientes que utilizam doses acima de 20 mg/dia, recomenda-se tentar diminuir a dose o máximo possível, sempre de maneira gradual e sob orientação médica. Doses menores serão avaliadas individualmente levando em consideração o risco de desencadeamento de atividade da doença com o risco de infecção causada pelo vírus.

• O tratamento com rituximabe dever, se possível, ser postergado.

• Não existe nenhuma evidência de que interromper o imunossupressor tenha qualquer efeito protetor contra a infecção pelo SARS-CoV-2. No entanto, em pacientes idosos, tabagistas ou com algum tipo de comorbidade (doença intersticial pulmonar, diabetes, hipertensão, hepatite B, DPOC, doença renal crônica e neoplasias), a interrupção preventiva pode ser avaliada pelo médico assistente nos locais onde a transmissão sustentada está ocorrendo, tendo em vista ser este tipo de paciente de maior risco.

• O uso de anti-inflamatórios não hormonais, especialmente do ibuprofeno, por conta própria deve ser evitado. Contatar o seu médico se você utiliza cronicamente algum medicamento anti-inflamatório.

Para saber mais, fale conosco no telefone (11) 5035-2121 ou mande mensagem de whatsapp para (11) 9 6606-4249

Equipe Médica do Centro do Fleury Infusões