O time invisível que cuida do seu corpo | Revista Fleury Ed. 39

Se seu corpo fosse uma cidade, seu sistema imunitário seria um verdadeiro batalhão de trabalhadores especializados, agindo em várias frentes, 24 horas por dia, sete dias por semana.

O time invisível que cuida do seu corpo

Se seu corpo fosse uma cidade, seu sistema imunitário seria um verdadeiro batalhão de trabalhadores especializados, agindo em várias frentes, 24 horas por dia, sete dias por semana. É como se tivéssemos dentro de nós vigilantes, médicos e enfermeiros, diplomatas, construtores, soldados e faxineiros mantendo tudo em paz e em perfeita ordem.

1 – VIGILANTES

Há cerca de 30 tipos de células em ação, e muitos subtipos.

Os neutrófilos e as células NK circulam pelo corpo fazendo uma espécie de ronda, em busca de ameaças e “estranhos no ninho”. Quando encontram, acionam os alarmes, pedem ajuda a outras células do sistema imunitário e já começam a combater. As células B, por exemplo, ao chegarem ao local, produzem anticorpos contra o invasor, o chamado antígeno.

Essa sabedoria é bioquímica: temos trilhões de micro-organismos que fazem parte do nosso corpo e o sistema imunológico sabe exatamente quem é “de casa”, além de reconhecer inflamações, traumas e disfunções.

2 – GENERAIS

Diante de uma ameaça, é preciso ter uma estratégia de combate. As células T atuam como generais e secretários de defesa, planejam como o corpo vai responder, dão comando de ação e decidem quando é hora de parar. Combate encerrado, elas se tornam diplomatas (células T reguladoras), harmonizando o ambiente e desarmando as estruturas de ataque.

3 – FAXINEIROS

Ufa! Com o problema resolvido - infecção eliminada, por exemplo –, falta limpar o “meio de campo”. É quando entram em cena células especializadas, como os macrófagos, que “engolem” os micro-organismos e removem restos de células mortas (que formam o pus), e os fibroblastos, que ajudam a cicatrizar e reconstruir tecidos.

4 – TREINAMENTO

O “quartel-general” desse sistema inteligente fica na medula e no timo (uma glândula no tórax). Lá, são criadas e “treinadas” as células de defesa, proteção e manutenção do corpo. Um exemplo de doença que debilita o sistema imunitário é a leucemia, um câncer que afeta a medula.

5 - MÉDICOS E ENFERMEIROS

O corpo está processo de imunização ininterrupta: quanto mais você é exposto a possíveis ameaças e diversas substâncias, mais seu corpo aprende o que é realmente perigoso ou não, e desenvolve defesas que serão usadas se necessário.

As vacinas são imunidade adquirida: com o estímulo aplicado, o sistema desenvolve anticorpos para uma ameaça específica, como o vírus da catapora. Se um dia esse invasor entrar, ele será neutralizado antes de se reproduzir em escala e tomar conta do pedaço.

6 - FALHA NA MIRA

Às vezes, o sistema tem falhas, como as doenças autoimunes. Confuso, o corpo ataca a si mesmo, destrói células saudáveis e compromete o funcionamento do todo. Há dezenas delas, hereditárias, causadas por fatores ambientais ou até por infecções.

7 - OPS, DEU ERRO

As alergias também são falhas: uma resposta exagerada a algo que não representa uma ameaça real ao corpo. Imagine uma alergia severa a um alimento que para outras pessoas não faz mal algum ou uma rinite alérgica que deixa a pessoa exaurida por causa de poeira.

8 - UMA AJUDA VAI BEM

O trio do bem para manter o sistema eficiente: boa alimentação, baixo nível de estresse e bom sono. Da alimentação equilibrada, vêm todos os nutrientes necessários para as células proliferarem e funcionarem. Já o estresse crônico eleva a produção de cortisol, que age como imunossupressor, minando o sistema. A privação de sono faz o mesmo e ainda prejudica a recuperação do time.

Centro integrado de alergia e imunologia

As alergias podem ser muito agressivas: um amendoim pode ser letal para quem tenha alta sensibilidade a ele. Elas podem se manifestar como rinite, coriza, asma, urticária, diarreia, dores e até anafilaxia. No Centro Integrado de Alergia e Imunologia, o Fleury oferece exames que ajudam os especialistas a detectar o grau de sensibilidade a alérgenos em um paciente. Os resultados dos testes cutâneos, aliados à história clínica, ajudam no diagnóstico e orientam o tratamento.

Infográfico e ilustração: Verônica Mambrini e FDEGROSSI
Fontes: Dr. Luis Eduardo Coelho Andrade, Assessor
Médico Master do Grupo Fleury em Imunologia e
Reumatologia; Dr. Sandro Felix Perazzio, Assessor Médico em Imunologia; e Dra. Bárbara Gonçalves da Silva, Médica Consultora do Núcleo de Marketing Médico.