Pelos altos e baixos da vida | Revista Fleury Ed. 39

O que nos faz felizes? É possível ser feliz em qualquer circunstância? Vivemos todos, de um jeito ou de outro, em busca da fórmula da felicidade. É uma questão que ronda a mente dos filósofos há eras, mas é também, cada vez mais, objeto de estudos de cientistas, das neurociências a novos campos da psicologia. Ao que tudo indica, mais do que ter uma invejável coleção grande de momentos alegres, é a capacidade de dar a volta em momentos difíceis uma característica chave das pessoas mais felizes. “Não importam os fatores externos, mas quanto você considera que a dificuldade é mutável, temporária e restrita”, diz o psicólogo da Universidade da Pensilvânia Martin Seligman, conhecido como “doutor felicidade”, em uma entrevista à Época. A tal da resiliência ou, usando uma expressão bem nossa, o “bola pra frente”.

Do mundo do esporte, onde a superação é requisito do ofício, o treinador Zé Roberto Guimarães e a ginasta Laís Souza nos ensinam que essa habilidade vai além de um superficial “pense positivo”. É preciso encarar as derrotas e as quedas, e aprender com elas. É também entender que a vida é feita de ciclos e saber encontrar a felicidade em cada um deles. E talvez o mais difícil: perceber a hora de insistir em um caminho e quando desistir. A psicanalista Maria Homem é quem nos guia por essa complexa tarefa, no “Entre Aspas”.

Vale, ainda, aprender com nosso próprio corpo: com as diversas maneiras de encarar adversidades do sistema imunitário, com a capacidade de seguir mesmo com doenças crônicas e também com as pistas que ele nos dá sobre o futuro e que a medicina preditiva consegue decifrar. Por fim, convidamos à inspiração das histórias de quem percebeu que um ciclo da vida estava no fim e encontrou um novo caminho.

Boa leitura!