Coqueluche

Tópicos presentes nesta página:

  • Descrição  
  • Causas e Sintomas  
  • Exames e Diagnósticos  
  • Tratamentos e prevenções  

Descrição

A coqueluche é uma doença infectocontagiosa provocada por bactérias da família Bordetella, que colonizam o aparelho respiratório, especialmente a traquéia e os brônquios, por onde o ar obrigatoriamente precisa passar para chegar até os pulmões, provocando crises extenuantes de tosse.

Apesar de poder ser prevenida por uma vacina, a moléstia ainda constitui uma importante causa de mortalidade infantil ao redor do mundo, especialmente nos países em desenvolvimento, sobretudo entre crianças menores de 6 meses de idade.

As complicações decorrem principalmente da evolução da infecção para os pulmões, determinada tanto pela Bordetella quanto por outras espécies bacterianas que se aproveitam da situação.

No Brasil, felizmente o número de casos vem se mantendo em queda graças à ampliação da cobertura de vacinação, tendo saído de quase 46 mil, em 1980, para pouco mais de mil, em 2005.

Causas e Sintomas

"As manifestações da coqueluche podem ser divididas em três etapas. A doença começa com a fase catarral, de sintomas inespecíficos, bastante semelhantes a uma gripe, como febre, mal-estar, tosse seca e coriza por cerca de dez dias. É na segunda fase, a paroxística, que aparecem os sintomas mais característicos da infecção, com episódios incontroláveis e extenuantes de tosse, muitas vezes seguidos de vômitos, e inspiração forçada, acompanhada de um ruído conhecido como “guincho”. Essas manifestações podem durar de duas a quatro semanas. Depois disso, vem a fase de recuperação, quando as crises vão desaparecendo e dando lugar a uma tosse comum, que pode ainda continuar por alguns meses. A coqueluche é causada por bactérias da família Bordetella, especialmente a Bordetella pertussis e a Bordetella parapertussis, que são transmitidas pelo contato direto com pessoas contaminadas, mais precisamente pela inalação de gotículas que o doente produz ao tossir, espirrar ou falar ou, então, por meio de objetos que tenham tido contato recente com secreções respiratórias de um indivíduo infectado. Após o contágio, os sintomas podem demorar de 7 a 14 dias para aparecer."

Exames e Diagnósticos

"O diagnóstico da coqueluche costuma ser clínico, baseando-se nos sintomas, que são bastante característicos na fase paroxística, na história do indivíduo e em uma boa avaliação física. Nos casos duvidosos, a confirmação laboratorial pode ser feita por meio de cultura de secreção da faringe, colhida com uma haste semelhante a um cotonete e cultivada em meios próprios para o crescimento da Bordetella."

Tratamentos e prevenções

"O tratamento requer o uso de antibióticos, sobretudo a eritromicina, para eliminar as bactérias, associado ao repouso e à ingestão de muito líquido. Pode ser feito em casa, mas, em situações mais graves ou em crianças menores de 6 meses, deve ocorrer em ambiente hospitalar para evitar desidratação, desnutrição, infecções secundárias e outras complicações. Quem vive com pessoas infectadas tem indicação de receber terapêutica preventiva com antibiótico e uma dose de reforço da vacina, uma vez que, após dez anos da última aplicação, a eficácia da imunização contra a bactéria causadora da coqueluche fica em torno de 50%. A vacinação representa a forma mais segura e eficaz de prevenir a coqueluche na população infantil, que é a mais afetada pela doença. Toda criança, portanto, deve receber três doses da vacina aos 2, aos 4 e aos 6 meses de idade, além de dois reforços com a vacina tríplice contra difteria, coqueluche e tétano, o primeiro aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos. Esse esquema está previsto no calendário oficial de vacinação. A eficácia da imunização anticoqueluche cai pela metade depois de dez anos, mas, como a doença não costuma ser tão grave em adolescentes e adultos, por enquanto não há indicação de revacinação, a não que alguém bem próximo esteja infectado. O mesmo vale para adultos nunca imunizados."