Dependência Química

Tópicos presentes nesta página:

  • Descrição  
  • Causas e Sintomas  
  • Exames e Diagnósticos  
  • Tratamentos e prevenções  

Descrição

A dependência química é uma doença, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, que se caracteriza pelo consumo abusivo de medicamentos, bebidas alcoólicas e drogas ilícitas. Essas substâncias atuam direta ou indiretamente no cérebro, o que leva à perda da inibição, sensação de bem-estar, alterações da percepção visual e euforia, entre outros sintomas. Em longo prazo, no entanto, o consumo contínuo dessas drogas pode levar a danos de diversos órgãos, além de trazer consequências psíquicas e sócio-econômicas  bastante negativas. Trata-se ainda de um problema cujo reconhecimento nem sempre é fácil.

Causas e Sintomas

"De maneira geral, a dependência química é caracterizada pela necessidade incontrolável de consumir compulsivamente uma determinada substância, que pode ser aparentemente “inofensiva”, como uma aspirina, ou ilícita e de grande potencial lesivo,como é o caso da cocaína. Essas substâncias são divididas em três grupos: Medicamentos Qualquer produto farmacêutico que modifique a qualidade das informações que chegam ao cérebro ou altere diretamente seu funcionamento pode ser objeto de uso abusivo. Isso pode ser observado com o consumo de simples analgésicos ou medicamentos para reduzir a ansiedade, induzir o sono, inibir o apetite ou controlar alterações do comportamento. O que caracteriza o uso abusivo é a condição da dependência e a necessidade de utilizar muitas vezes doses cada vez maiores, com claros riscos para a saúde. Drogas recreacionais São substâncias que não têm finalidade terapêutica e são utilizadas com o intuito de promover alteração na percepção ou no comportamento do usuário. Algumas delas, como o álcool e a cafeína, são lícitas e chegam a ser consumidas em grande escala, com níveis de complicações muito diferentes entre si. Outras, ilícitas, possuem grande potencial de dependência e de prejuízo à saúde. O consumo de bebidas alcoólicas – tanto agudo quanto crônico – associa-se a maior risco de envolvimento em acidentes, atos de violência e leva a diversos problemas de saúde. Já a utilização da cafeína não é associada a riscos de tal magnitude. Drogas ilícitas Certas substâncias químicas, presentes na natureza ou sintetizadas pelo homem, são de consumo proibido por lei. Elas têm a capacidade de causar dependência, de colocar a vida em risco se consumidas de forma excessiva e de alterar intensamente o comportamento do usuário. Maconha, cocaína e metanfetamina são as drogas mais consumidas no Brasil, em ordem decrescente de freqüência. O consumo da heroína e de ácido lisérgico (LSD) é bastante reduzido. Estima-se que em uma grande cidade brasileira pode-se encontrar seis usuários de maconha e dois de cocaína para cada 100 habitantes."

Exames e Diagnósticos

Existem exames laboratoriais que podem detectar essas substâncias no sangue, na urina ou no cabelo. A aplicação desses testes que tem tido maior interesse é a relacionada ao consumo de drogas ilícitas. Ela destina-se à investigação de intoxicação aguda, ao diagnóstico e acompanhamento do tratamento de dependência e a programas de prevenção, aplicados nos exames admissionais das empresas ou em avaliações periódicas de Medicina do Trabalho.

Tratamentos e prevenções

"A primeira exposição às drogas que levam à dependência química, lícitas ou não, tem ocorrido cada vez mais precocemente, algumas vezes antes mesmo dos 10 anos de idade. Dessa forma, as ações de prevenção já devem se iniciar a partir dessa idade. O uso abusivo de medicamentos pode acontecer em qualquer idade, mas tem sido mais frequente entre adultos. É importante lembrar que a dependência química é uma doença crônica, como tem sido considerado, também, o tabagismo. O indivíduo deve ter a consciência que sempre terá essa tendência de comportamento. Por outro lado, é possível controlar a dependência e ter uma vida normal, com as conquistas que todos almejam. Assim como um diabético vive muito bem sem consumir açúcar, o dependente químico, se tiver empenho no seu tratamento, pode também fazê-lo sem a droga. Esse trabalho de recuperação geralmente envolve acompanhamentos médico e psiquiátrico, tendo mais chances de sucesso com o apoio de familiares e amigos.​​​​​​​​​"