Doença de Parkison

Tópicos presentes nesta página:

  • Descrição  
  • Causas e Sintomas  
  • Exames e Diagnósticos  
  • Tratamentos e prevenções  

Descrição

A doença de Parkinson, ou parkinsonismo primário, é uma moléstia crônico-degenerativa do sistema nervoso central que acomete a região cerebral que auxilia a execução dos movimentos.

Nessa condição, descrita pela primeira vez pelo médico inglês James Parkinson, em 1817, ocorre uma perda de neurônios numa área chamada de substância negra, que concentra as células produtoras de dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle da motricidade. Com a diminuição da quantidade de dopamina, o portador da doença passa a apresentar tremores e lentificação dos movimentos.

A evolução do quadro compromete a autonomia do indivíduo, dificultando inicialmente a execução das atividades cotidianas e, com o passar do tempo, limitando significativamente sua capacidade de se movimentar, sem afetar, na maioria das vezes, sua capacidade intelectual. Hoje em dia, contudo, há um arsenal razoável de medicamentos para controlar os sintomas motores e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.

A doença de Parkinson é uma das afecções neurológicas mais freqüentes em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 1% da população de todo o globo com mais de 65 anos é portadora da condição, estimando-se que, na população geral, ela ocorra em uma em cada 500 pessoas.

Causas e Sintomas

"Os primeiros sinais da carência de dopamina começam de forma bastante discreta e, não raramente, costumam ser notados apenas por pessoas próximas do portador da doença. Nessa fase inicial, o indivíduo apresenta fadiga no fim do dia, caligrafia menos legível, fala menos articulada e monótona, lapsos de memória, irritabilidade, dificuldade de concentração, movimento menor em um dos lados do corpo – nos braços ou nas pernas –, perda de espontaneidade na expressão facial e desaceleração dos movimentos. Com a progressão da queda de dopamina, surgem, então, os sintomas motores próprios da doença, que incluem tremores, sobretudo nas mãos, rigidez muscular, desequilíbrio e redução da movimentação em todas as esferas. Esse conjunto pode ser acompanhado de depressão, distúrbios do sono, alterações marcantes na fala, problemas respiratórios, dificuldade de deglutição e no controle urinário, tonturas e dores musculares. No parkinsonismo primário, os mecanismos responsáveis pela degeneração que causa a perda de células nervosas na substância negra ainda são desconhecidos, mas estudos apontam o envolvimento de fatores genéticos, metabólicos e ambientais nesse processo. Uma das hipóteses que procura justificar a ocorrência de doenças degenerativas, entre elas a doença de Parkinson, é a do estresse oxidante, segundo a qual a morte das células resulta de lesão provocada pelo excesso de substâncias geradas a partir da oxidação, conhecidas como radicais livres. Vale lembrar que existem também formas de parkinsonismo secundário, nas quais a perda da função dos neurônios que produzem dopamina decorre de causas determinadas, como encefalites, medicamentos específicos, sobretudo os de uso psiquiátrico, acidente vascular cerebral e exposição prolongada a substâncias tóxicas."

Exames e Diagnósticos

O diagnóstico da doença de Parkinson é clínico, sendo habitualmente baseado em dados da história e do exame neurológico. Os exames complementares auxiliam na averiguação de outras possibilidades diagnósticas.

Tratamentos e prevenções

"A doença de Parkinson não tem cura, mas pode ter seus sintomas atenuados. O tratamento, portanto, visa a controlar as manifestações clínicas e a melhorar a qualidade de vida do indivíduo. Para tanto, usam-se medicações que atenuam os sintomas, assim como procura-se instituir programas de fisioterapia e fonoaudiologia. Atualmente, existem diversos medicamentos disponíveis, alguns dos quais são prescritos de forma combinada, de acordo com a idade da pessoa, os sintomas predominantes e o estágio da doença. O mais eficaz é a reposição de dopamina por meio de uma substância chamada levodopa, que, uma vez metabolizada, se transforma no próprio neurotransmissor em questão e, portanto, atenua bastante os sintomas. Em casos especiais, pode ser considerado o tratamento cirúrgico. Não existe prevenção para a doença de Parkinson, uma vez que suas causas não são ainda claras. Dessa forma, o importante é que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível para a rápida instituição do tratamento, a fim de garantir a manutenção da qualidade de vida do indivíduo. Ademais, não custa lembrar que os estudos mundiais para um melhor conhecimento dos mecanismos da doença estão avançando e, com isso, a chance de haver alguma forma de bloquear esse processo em algum ponto começa a ficar mais palpável. E, uma vez que exista essa possibilidade, quanto mais precoce a intervenção for realizada, mais bem-sucedida ela será. Já o risco de parkinsonismo secundário pode ser atenuado com a interferência em suas causas, algumas mais passíveis de intervenção que outras. É possível, por exemplo, reduzir a probabilidade de sofrer um acidente vascular cerebral com o controle da pressão arterial e a prática regular de exercícios. Sabe-se também que certos medicamentos, como alguns dos utilizados no tratamento da vertigem, podem levar ao parkinsonismo, que é inteiramente reversível com a suspensão da medicação."