Síndrome de Williams

Tópicos presentes nesta página:

  • Descrição  
  • Causas e Sintomas  
  • Exames e Diagnósticos  
  • Tratamentos e prevenções  

Descrição

O portador da síndrome de Williams nasce geralmente com baixo peso, tem dificuldade para se alimentar, costuma chorar muito e mostrar-se irritado. Desde o nascimento, o bebê já pode apresentar problemas cardíacos, mas os neurológicos muitas vezes são percebidos somente quando a criança é maior. O aspecto facial característico fica mais perceptível com o passar do tempo, sobretudo na presença de nariz pequeno e empinado, lábios cheios, dentes pequenos e sorriso freqüente.

Estas características geralmente são acompanhadas por atraso neuromotor e de crescimento, dificuldade de locomoção e equilíbrio, dificuldade de aprendizagem e déficit de atenção. São comuns também, nos primeiros anos de vida, os transtornos odontológicos, como a ausência de alguns dentes e o mau fechamento das arcadas dentárias, e as otites de repetição.

Do ponto de vista comportamental, há um perfil bastante peculiar, marcado por grande sociabilidade e entusiasmo, memória admirável para pessoas, nomes e lugares, medo de altura e hipersensibilidade a sons fortes tais como de liquidificador, motos ou britadeiras. Além disso, exibem preocupação excessiva com determinados assuntos ou objetos, preferência pela companhia de adultos, facilidade para novos idiomas, não obstante o atraso cognitivo, e um gosto exacerbado por música.

A síndrome de Williams decorre de uma perda de um pequeno pedaço de um dos dois cromossomos 7. Como nós temos duas cópias desse cromossomo, uma herdada do pai e outra da mãe, a deleção leva à redução da quantidade de informação produzida pelos genes ali localizados. Essas informações nada mais são do que receitas para se produzir proteínas. Menos receitas significa menos proteínas. Algumas vezes, o organismo tolera bem a produção de menor quantidade de certas proteínas. Em outras, porém, é necessário se ter uma dosagem certa dessas substâncias, para que haja a formação e o desenvolvimento adequado do organismo.

Entre as proteínas que são produzidas em quantidade insuficiente na síndrome de Williams, está a elastina, que confere elasticidade a vasos sangüíneos, pulmões, intestinos e pele. A sua produção deficiente leva a estreitamento de artérias do pulmão e também da aorta, o que dificulta a passagem do sangue e leva ao aparecimento de sopros no coração.

A falta de outras proteínas vai levar a ocorrência sintomas como o cálcio alto no sangue e falta  de crescimento. Finalmente, as informações produzidas por outros genes, tais como  LIMK1 e RFC2, são importantes para o desenvolvimento e a formação adequada do cérebro e os problemas neurológicos estariam relacionados em sua menor expressão.

Causas e Sintomas

"O portador da síndrome de Williams nasce geralmente com baixo peso, tem dificuldade para se alimentar, costuma chorar muito e mostrar-se irritado. Desde o nascimento, o bebê já pode apresentar problemas cardíacos, mas os neurológicos muitas vezes são percebidos somente quando a criança é maior. O aspecto facial característico fica mais perceptível com o passar do tempo, sobretudo na presença de nariz pequeno e empinado, lábios cheios, dentes pequenos e sorriso freqüente. Estas características geralmente são acompanhadas por atraso neuromotor e de crescimento, dificuldade de locomoção e equilíbrio, dificuldade de aprendizagem e déficit de atenção. São comuns também, nos primeiros anos de vida, os transtornos odontológicos, como a ausência de alguns dentes e o mau fechamento das arcadas dentárias, e as otites de repetição. Do ponto de vista comportamental, há um perfil bastante peculiar, marcado por grande sociabilidade e entusiasmo, memória admirável para pessoas, nomes e lugares, medo de altura e hipersensibilidade a sons fortes tais como de liquidificador, motos ou britadeiras. Além disso, exibem preocupação excessiva com determinados assuntos ou objetos, preferência pela companhia de adultos, facilidade para novos idiomas, não obstante o atraso cognitivo, e um gosto exacerbado por música. A síndrome de Williams decorre de uma perda de um pequeno pedaço de um dos dois cromossomos 7. Como nós temos duas cópias desse cromossomo, uma herdada do pai e outra da mãe, a deleção leva à redução da quantidade de informação produzida pelos genes ali localizados. Essas informações nada mais são do que receitas para se produzir proteínas. Menos receitas significa menos proteínas. Algumas vezes, o organismo tolera bem a produção de menor quantidade de certas proteínas. Em outras, porém, é necessário se ter uma dosagem certa dessas substâncias, para que haja a formação e o desenvolvimento adequado do organismo. Entre as proteínas que são produzidas em quantidade insuficiente na síndrome de Williams, está a elastina, que confere elasticidade a vasos sangüíneos, pulmões, intestinos e pele. A sua produção deficiente leva a estreitamento de artérias do pulmão e também da aorta, o que dificulta a passagem do sangue e leva ao aparecimento de sopros no coração. A falta de outras proteínas vai levar a ocorrência sintomas como o cálcio alto no sangue e falta de crescimento. Finalmente, as informações produzidas por outros genes, tais como LIMK1 e RFC2, são importantes para o desenvolvimento e a formação adequada do cérebro e os problemas neurológicos estariam relacionados em sua menor expressão."

Exames e Diagnósticos

"O conjunto de características e sintomas pode levantar a suspeita da síndrome de Williams. Porém, para o diagnóstico definitivo torna-se necessária a realização de um teste que procura detectar essa perda no cromossomo 7. Uma simples contagem dos cromossomos, como é feita no cariótipo, não consegue detectar essa perda, uma vez que ela não pode ser vista no microscópio. Desta forma, foram desenvolvidos outros exames mais detalhados, entre os quais a hibridização fluorescente in situ (FISH), que conseguem demonstrar a perda de material genético nessa região. Uma vez confirmado o diagnóstico, convém acrescentar que há necessidade de uma investigação cuidadosa para detectar a existência - ou não - de problemas cardíacos ou renais na criança."

Tratamentos e prevenções

"De forma semelhante a outras doenças genéticas, ainda não há nenhum método capaz de corrigir a perda de material genético e com isso restabelecer o perfeito funcionamento do organismo. Por isso, o tratamento busca atenuar os sintomas, tratar as condições associadas e, sobretudo, prevenir complicações. Para tanto, essa criança deve receber um acompanhamento médico regular nos primeiros anos de vida, com ênfase á monitoração da pressão arterial e da função cardíaca, por causa do estreitamento das artéria. Uma atenção especial também deve ser dada á função renal e ao trânsito intestinal, em decorrência do excesso de cálcio na circulação encontrada em portadores dessa síndrome. Além desses cuidados, ainda incluem-se as necessidades de avaliações oftalmológicas, odontológicas, ortopédicas e auditivas periódicas. Da mesma forma, um rigoroso seguimento da curva de crescimento e do ganho de peso da criança – afinal, 29% dessa população apresentaobesidade na vida adulta. O tratamento igualmente passa por programas especiais de educação, uma vez que tais iniciativas favorecem o desenvolvimento da aprendizagem e a integração do portador da doença na sociedade. Não há como evitar os desarranjos cromossômicos que envolvem a síndrome de Williams, uma vez que eles surgem esporadicamente na maioria dos casos e não podem ser previstos por nenhum tipo de exame diagnóstico. Recomenda-se, no entanto, um aconselhamento com geneticista para tirar dúvidas e fazer um planejamento familiar mais consciente."