O tabagismo é um dos maiores problemas de saúde do mundo, sendo responsável por 30% de todos os cânceres e por mais de 90% dos tumores de pulmão. Está ainda associado à bronquite crônica, ao enfisema pulmonar e a inúmeros outros problemas de saúde. É um problema que ainda está fora de controle. Só no Brasil, existem mais de 35 milhões de consumidores de cigarro. Há inúmeros motivos para as pessoas começarem a fumar ,e, uma vez no vício, é um desafio abandoná-lo, mesmo quando assim o desejam e sabem do seu malefício. Isso se chama dependência. Porém, o tabagismo é uma condição que pode ser combatida com determinação, ajuda profissional e, às vezes, uso de medicamentos. Com esses recursos é possível vencer esse desafio. |
"O tabagismo provoca dependência física, principalmente pela ação da nicotina no cérebro. O número de doenças relacionadas ao tabagismo faz com que este vício seja um dos maiores problemas de saúde em todo o mundo. No Brasil existem mais de 35 milhões de consumidores de cigarro e cerca de 500 mil internações e 80 mil mortes ao ano relacionadas ao tabagismo. Esses dados relacionam-se às conseqüências tóxicas dos componentes do cigarro no organismo que estão envolvidas nas causas de diversos tipos de câncer, não só de pulmão, mas de muitos outros tipos de neoplasias O cigarro ainda é a causa de mais de 80% dos casos de bronquite crônica e enfisema pulmonar e de cerca de 20% dos casos de angina e infarto agudo do miocárdio e de derrame cerebral. Todos esses problemas ocorrem porque, ao ser queimado, o tabaco produz mais de 4.500 substâncias, a maior parte delas com potencial de causar malefícios à saúde. Algumas causam danos ao pulmão. Outras, como a nicotina, atuam no cérebro e levam à dependência física. O fumante também não está apenas se prejudicando, mas também causando danos à saúde das pessoas que vivem ao seu redor. O indivíduo não-fumante que fica exposto à fumaça do cigarro é chamado de “fumante passivo”. Essas pessoas, ao inalarem a fumaça com os produtos da queima do tabaco, entram em contato com concentrações mais baixas dessas substâncias do que o fumante, mas mesmo assim têm risco aumentado de desenvolver doenças relacionadas ao consumo do cigarro. As crianças, em particular, apresentam reações bastante conhecidas quando expostas à fumaça do cigarro, como aumento no número de infecções respiratórias e a intensidade das crises de asma e rinite. Os recém-nascidos, filhos de gestantes fumantes, têm peso mais baixo do que os de mães não-fumantes."
"O tabagismo pode ser considerado doença, uma vez que o cigarro causa dependência e compromete a saúde do indivíduo em diversos aspectos. Portanto, deve ser prevenido e tratado como tal. Ao contrário do que muitos podem pensar, não são tabagistas apenas aqueles que fumam várias vezes ao dia. Qualquer número de cigarros e, ainda, todas as formas de tabagismo, como o de palha, com piteira, charuto, de corda, etc são danosos e devem ser definitivamente desestimulados. Para avaliar os danos provocados pelo tabagismo ao organismo, o fumante deve procurar um médico clínico experiente e que, primeiramente, estabeleça uma estratégia com o cliente para a interrupção do vício. Nesse percurso o profissional norteará os exames para as avaliações de rotina e aqueles especiais para cada caso. Pois os danos aos diversos órgãos depende do quão prolongada foi essa exposição."
"Independentemente do tempo de exposição ao tabaco e da idade do indivíduo, sempre existem ganhos importantes com a interrupção do tabagismo.Já a partir de duas semanas de interrupção, detecta-se melhor desempenho cardiovascular e os efeitos benéficos ao longo do tempo aumentam progressivamente. Nos últimos anos, vários esquemas de tratamento do tabagismo surgiram, o que aumentou a chance de sucesso na interrupção do fumo. O acompanhamento médico de qualidade, orientando, quando necessário, as novas medicações, e as abordagens psicoterapêuticas permitem a interrupção do tabagismo com menor sofrimento e fazem com que a síndrome de abstinência seja mais suave."