Diretrizes recém-atualizadas da IDSA norteiam essa avaliação, que conta também com uma escala desenvolvida especialmente para pacientes com câncer.
Diretrizes recém-atualizadas da IDSA norteiam essa avaliação, que conta também com uma escala desenvolvida especialmente para pacientes com câncer.
Estratificação de risco segundo a última edição das diretrizes da IDSA |
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ALTO RISCO • Neutropenia grave e prolongada (abaixo de 100 células/mm3, por mais de sete dias) • Manifestações indicativas de gravidade clínica: - Sinais de instabilidade hemodinâmica - Sintomatologia respiratória, sobretudo se acompanhada de hipoxemia ou infiltrado de surgimento recente em imagem pulmonar - Alterações de nível de consciência ou outros sinais neurológicos - Dor abdominal de início recente - Presença de mucosite que dificulte a deglutição ou provoque diarreia importante - Sinais de infecção relacionada a cateter venoso central - Alterações laboratoriais que revelem disfunção hepática ou renal BAIXO RISCO • Neutropenia com perspectiva de resolução em menos de sete dias • Ausência das condições mórbidas enumeradas anteriormente |
Ao longo dos anos, os estudos científicos demonstraram, de maneira irrefutável, que os melhores resultados são obtidos para pacientes que recebem antibióticos de amplo espectro rapidamente após a apresentação da febre associada à neutropenia. No sentido de padronizar a conduta para a instituição da terapia empírica nesses indivíduos, a Infectious Diseases Society of America (IDSA) estabeleceu, em 1997, diretrizes práticas para o uso de agentes antimicrobianos em neutropênicos com câncer. O documento passa por revisões periódicas e a última edição, publicada em fevereiro de 2011, trouxe modificações substanciais em relação à versão anterior, de 2002, sobretudo no que diz respeito à estruturação de critérios para a estratificação de risco desses pacientes, que tem se mostrado essencial para a definição da estratégia profilática e terapêutica de forma racional e com a melhor relação risco-benefício possível. Diante de um indivíduo que apresenta febre durante o período de neutropenia pós-quimioterapia, portanto, a classificação do risco de complicações infecciosas graves em baixo ou alto permite que o clínico determine, entre outras coisas, o espectro dos agentes antimicrobianos escolhidos, assim como o tempo e o local de tratamento – em regime ambulatorial ou em internação. Ademais, esse mesmo nível de risco será fundamental para a indicação das profilaxias necessárias para os próximos ciclos terapêuticos, potencialmente indutores de neutropenia. Mais recentemente, os critérios descritos abaixo vêm sendo combinados a uma escala de risco desenvolvida pela Multinational Association for Supportive Care in Cancer (MASCC), que atribui pesos a determinados aspectos clínicos e laboratoriais, classificando em baixo risco os indivíduos que atingem pontuação superior a 21.
Característica | Peso |
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Escore de risco da MASCC | |
• Comprometimento do estado geral leve ou ausente* | 5 |
• Comprometimento do estado geral moderado* | 3 |
• Ausência de hipotensão (PAS >90 mmHg) | 5 |
• Ausência de doença pulmonar obstrutiva crônica | 4 |
• Tumor sólido ou doença maligna hematológica sem infecção fúngica pregressa | 4 |
• Ausência de desidratação com indicação de reposição parenteral | 3 |
• Paciente não internado | 3 |
• Idade <60 anos | 2 |
*As pontuações não são cumulativas. |
Referência:
Freifeld AG et al. Clinical Practice Guideline for the Use of Antimicrobial Agents in Neutropenic Patients with Cancer: 2010 Update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2011;52(4): e55-e93.
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