As doenças hepáticas crônicas de diferentes etiologias têm, como característica, a possibilidade de cursar com alterações na matriz extracelular. Esse processo, quando mantido de forma sustentada, pode evoluir para fibrose hepática e, em sua fase mais avançada, para cirrose, condição marcada por distorção arquitetural e perda de função do fígado nos casos mais graves.
A biópsia hepática é considerada o padrão-ouro para essa avaliação. Entretanto, não está isenta de riscos nem amplamente disponível, além de apresentar custo elevado e de exigir equipe especializada para sua realização.
Dessa maneira, métodos não invasivos, ou indiretos, para avaliar a presença de fibrose hepática avançada vêm sendo objeto de estudo. Dentre eles, o FIB-4 sobressai por sua simplicidade, baixo custo e fácil acesso, visto que consiste em um cálculo composto por idade do paciente, dosagens de TGO e TGP e contagem de plaquetas.
O FIB-4 só não deve ser empregado para indivíduos com menos de 35 anos, nos quais a elastografia é o método de escolha, bem como em pacientes com doenças hepáticas agudas, em situações em que haja aumento de TGO por lesão muscular ou em indivíduos em que a alteração plaquetária seja decorrente de causas hematológicas.
Os valores de corte usados para determinar a ausência ou a presença de fibrose, descritos a seguir, já foram validados para diversas etiologias de doença hepática crônica, tendo sido, inclusive, utilizados para estudos populacionais.
Interpretação do cálculo do FIB-4 Para pacientes entre 35 e 65 anos: Resultado Significado <1,3 Ausência de fibrose avançada 1,3 – 2,67 Indeterminado* >2,67 Presença de fibrose avançada Para pacientes com mais de 65 anos: 2,0 Ausência de fibrose avançada 2,0 – 2,67 Indeterminado* >2,67 Presença de fibrose avançada |
*Pacientes no grupo intermediário devem ter a fibrose avaliada por outros métodos não invasivos, como a elastografia.
No Fleury, o cálculo do FIB-4 é feito mediante solicitação médica, em pacientes com mais de 35 anos.
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