As malformações do sistema nervoso central (SNC) estão entre os tipos mais comuns de anomalias congênitas e podem causar grande impacto para os pais, já que algumas não são compatíveis com a vida.
Como exames complementares à ultrassonografia obstétrica no pré-natal, a neurossonografia fetal e a ressonância magnética (RM) fetal possibilitam avaliar em detalhes o desenvolvimento do sistema nervoso do feto, contribuindo com o diagnóstico de alterações morfológicas do cérebro e coluna fetais.
As malformações do SNC têm associação com infecções congênitas, teratógenos e alterações genéticas, desde as cromossomopatias mais conhecidas, como a síndrome de Down, a doenças monogênicas mais raras.
Dessa forma, o adequado acompanhamento da gestante com feto portador de uma malformação cerebral, bem como o suporte ao obstetra e ao casal, necessita de uma equipe multidisciplinar que envolve o fetólogo, a Neuroimagem especializada e o geneticista para o aconselhamento genético.
Neurossonografia fetal
Consiste em um estudo ultrassonográfico bidimensional e tridimensional que dá ênfase à avaliação do SNC do feto, com utilização de planos de imagem que não são habitualmente usados, como os coronais e sagitais de varredura, e caracterização das estruturas cerebrais fetais. Assim, ajuda a esclarecer dúvidas diagnósticas sobre malformações cerebrais, auxiliando o obstetra no aconselhamento sobre o desenvolvimento pós-natal e na conduta pré-natal.
Em alguns casos, o exame pode ser complementado com a RM fetal. Em outros, é possível que haja necessidade de investigação fetal por amniocentese para análise de cariótipo, array e exoma.
Quando solicitar:
Pode ser realizada em qualquer fase da gestação diante de alteração em ultrassonografia de rotina. Contudo, a idade gestacional ideal, principalmente quando há fator de risco, é entre 26 e 32 semanas.
Como solicitar:
Neurossonografia fetal
Ressonância magnética fetal
Embora a ultrassonografia seja o método de escolha para avaliação de distúrbios relacionados à gravidez, a RM fetal tem sido cada vez mais utilizada, contornando limitações inerentes ao método ecográfico, como obesidade materna, posição fetal ou oligoidrâmnio. Além disso, a capacidade de avaliação multiplanar, com grande resolução tecidual, permite a documentação de alterações morfológicas com maior sensibilidade e, em algumas situações, maior especificidade.
Considerando-se que o órgão está em desenvolvimento, as sequências ponderadas em T2 são as mais úteis para estudar as mudanças no conteúdo de água do tecido cerebral do feto. A obtenção de imagens, por sua vez, exige planos ortogonais – sagital, coronal e axiais – em relação à cabeça e à coluna vertebral do feto.
O exame de RM fetal deve ser indicado para a confirmação de achados ultrassonográficos inconclusivos e para a detecção de achados ocultos ao método, não tendo a pretensão de substituir a ultrassonografia na avaliação primária da gestação e bem-estar fetal.
Quando solicitar:
A idade gestacional ideal é entre 26 e 32 semanas, quando o cérebro fetal tem suas estruturas já mais desenvolvidas.
Como solicitar:
Ressonância magnética fetal para avaliação do cérebro fetal e coluna vertebral
Destaques
Expertise e integração dos resultados
Os profissionais que realizam esses exames no Fleury têm um treinamento específico no método e expertise nas doenças do SNC. A integração apropriada entre neurossonografia fetal, RM em algoritmos de avaliação pré-natal e avaliação genética (quando necessária) pode facilitar a tomada de decisões. Por último, a revisão sistemática dos achados por uma equipe multidisciplinar de consultores médicos permite ao obstetra solicitante receber apropriado aconselhamento nesse sentido.
Aconselhamento médico
A equipe médica do Fleury presta uma consultoria em relação à malformação observada com o objetivo de fornecer esclarecimentos e suporte ao diagnóstico e à tomada de decisão para as gestantes que possam sofrer algum risco ou portar uma condição genética. O aconselhamento pode ser feito pela equipe de médicos da Medicina Fetal (consultoria em Medicina Fetal) ou pelo geneticista clínico (aconselhamento genético), dado que boa parte das malformações cerebrais tem o componente genético muitas vezes relacionado.
Consultoria médica
Genética
Dr. Wagner Antonio da Rosa Baratela
Neurossonografia e Medicina Fetal
Dr. Enoch Quinderé de Sá Barreto
Dr. Javier Miguelez
Dr. Mário H. Burlacchini de Carvalho
Dr. Wagner Jou Hisaba
Neuroimagem e Radiologia
Dr. Antonio Carlos M. Maia Jr.
Dra. Bruna Garbugio Dutra
Dr. Lucas Ávila Lessa Garcia
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