Recomendações para vacinação contra as hepatites A e B | Revista Médica Ed. 4 - 2006

Em adultos, uma opção é realizar a sorologia para essas infecções e imunizar os indivíduos suscetìveis.

As hepatites A e B podem ser prevenidas de modo muito eficaz por meio de imunização. No Brasil, a hepatite A vem apresentando queda na incidência em regiões urbanas. Se, por um lado, essa redução é positiva, por outro, faz com que menos crianças sejam naturalmente expostas ao vírus, ampliando o número de adultos suscetíveis à infecção, os quais têm maior risco de desenvolver formas graves da doença. Dessa maneira, recomenda-se que esses indivíduos sejam testados e, caso tenham sorologia negativa para o vírus A, vacinados. Crianças também podem receber a vacina a partir do primeiro ano de vida.

A hepatite B, por sua vez, causa maior morbidade, já que tem possibilidade de evoluir para hepatite crônica em cerca de 5% a 10% dos infectados, aumentando o risco de cirrose e de hepatocarcinoma. No Brasil, sua prevalência é alta na Amazônia Ocidental, intermediária no Nordeste e baixa no Sul. Em vista disso, preconiza-se a vacinação universal contra a hepatite B, o que, portanto, implica a imunização de recém-natos. Em adultos não vacinados, o produto está particularmente indicado em pessoas cuja atividade profissional ou comportamento envolvam maior risco de contágio.