Estudo valida teste molecular para detectar M. tuberculosis e cepas resistentes à rifampicina em plataforma automatizada | Revista Médica Ed. 1 - 2013

Há pouco mais de dois anos o Fleury vem utilizando o GeneXpert®, a primeira plataforma baseada em PCR em tempo real completamente automatizada e integrada. Essa tecnologia tem permitido esclarecer, no contexto hospitalar, suspeitas de colite por Clostridium difficile, bem como a etiologia de meningites por enterovírus em apenas duas horas. Ampliando o uso dessa plataforma, a equipe de Pesquisa e Desenvolvimento do Fleury realizou, no ano passado, um estudo para validar o teste para a detecção do Mycobacterium tuberculosis e de sua resistência à rifampicina. Na oportunidade, os pesquisadores usaram cepas ATCC de M. tuberculosis e M. bovis, assim como de M. tuberculosis resistente ao antimicrobiano, para determinar a sensibilidade do teste, além de outros agentes para estabelecer sua especificidade. Foram ainda analisadas amostras do Colégio Americano de Patologistas.

Os resultados do GeneXpert coincidiram com os das culturas, exceto em uma amostra de escarro que, embora tenha sido positiva na cultura, mostrou-se negativa pelo kit Xpert MTB. “Uma vez que tal amostra apresentou baciloscopia negativa, é provável que o resultado negativo do teste molecular tenha se devido à carga bacteriana inferior ao limite de detecção do método, de 350 bacilos/mL”, explica o assessor médico em Microbiologia do Fleury, Jorge Luiz Mello Sampaio.

Em relação à susceptibilidade à rifampicina, o GeneXpert concordou com o método da macrodiluição automatizada (Bactec 960) em 100% dos casos, corroborando, inclusive, os achados do maior estudo multicêntrico já publicado sobre o assunto (Boehme et. al., 2010).

“Em vista desses resultados, o método é potencialmente de grande utilidade para o diagnóstico de tuberculose tanto em ambiente hospitalar quanto na saúde pública”, arremata Sampaio.