A prolactina é produzida pelos lactotrofos da hipófise anterior. Sua frequência é inibida pela dopamina e estimulada pelo hormônio liberador do TSH (TRH), que se origina nos núcleos hipotalâmicos e chega à hipófise anterior através do sistema porta-hipofisário.
Dessa forma, qualquer evento que interfira nessa dinâmica, como lesões anatômicas, alterações funcionais ou funcionais no uso de medicamentos, pode levar à hiperprolactinemia. É que essa hipersecreção está relacionada à infertilidade tanto masculina quanto feminina, pois a liberação contínua dos hormônios impede a liberação adequada de LH e FSH, além de comprometer sua ação nas gônadas.
Valores de prolactina acima de 250 mcg/L são geralmente encontrados em prolactinomas (adenomas hipofisários de produtores de prolactina), enquanto valores abaixo de 150 mcg/L podem ser observados em condições não tumorais.
| Causas mais comuns de hiperprolactinemia |
| Fisiológicas: gravidez, estresse, manipulação mamária, atividade física |
| Farmacológicas: antagonistas dopaminérgicos, antipsicóticos, fenotiazidas, antidepressivos diversos etc. |
| Patológicas: prolactinomas, hipotiroidismo primário, insuficiência renal, especificações de pressa hipofisária |
Repouso de 30 minutos: é mesmo necessário?
Atualmente, considere que o repouso para a coleta de prolactina não é sempre necessário.
A condição de estresse pode estar associada ao aumento desses hormônios, razão pela qual se orientava tradicionalmente que a coleta fosse realizada após a conservação de, pelo menos, 30 minutos. Contudo, essa conduta tem sido demonstrada pouco eficaz na prática e ainda gera estresse adicional em alguns pacientes.
Um estudo realizado pela Consultoria Médica do Fleury demonstrou que apenas 25% das amostras com os valores acima mencionados foram normalizadas quando coletadas em refúgio, enquanto a maioria manteve os valores elevados mesmo após a segurança.
Com esses resultados, a coleta de amostra em reserva para a dosagem da prolactina é aplicada apenas para confirmação diagnóstica.
Suspeita de macroprolactina
Geralmente a hipótese de macroprolactina deve ser cogitada em pacientes assintomáticos com hiperprolactinemia. Esse quadro ocorre devido à presença de formas inativas da prolactina. No Fleury, a triagem de macroprolactina é feita pela dosagem da prolactina após preparação com polietilenoglicol (PEG). Dependendo da porcentagem de recuperação, a investigação prossegue com a realização da cromatografia e a liberação da concentração da forma monomérica da prolactina (forma ativa).
Percentual de recuperação pós-PEG |
| % | Significado |
| <30% | Pesquisa de macroprolactina negativa |
| 30-65% | Pesquisa suspeita: obrigações com cromatografia |
| >65% | Pesquisa de macroprolactina positiva |
gancho
As consequências ocorrem quando a prolactina sérica está muito elevada (geralmente em tumores grandes, como macroprolactinomas gigantes) e a metodologia da empregada não permite que ocorra dissociação do analito e dos anticorpos do ensaio laboratorial, resultando em valores falsamente normais ou baixos dos hormônios.
Nos ensaios atuais, porém, a quantidade de anticorpos é alta, o que torna o efeito gancho muito raro.
O ensaio eletroquimioluminométrico, utilizado no Fleury, não está sujeito a esse aspecto, mesmo quando há níveis extremamente elevados de prolactina, o ponto do efeito gancho não foi apresentado diante de concentrações hormonais de até 12.000 µg/L.
Consultoria Médica em Endocrinologia:
Dr. José Viana Lima Júnior - [email protected]
Dra. Maria Izabel Chiamolera - [email protected]
Dr. Pedro Saddi - [email protected]
Dra. Rosa Paula Mello Biscolla - [email protected]
Referências:
Vieira JG, Oliveira JH, Tachibana T, Maciel RM, Hauache OM. Avaliação dos níveis de prolactina sérica: é necessário repouso antes da coleta? [Evaluation of plasma prolactin levels: is it necessary to rest before the collection?]. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2006 Jun;50(3):569-70. Portuguese. doi: 10.1590/ s0004-27302006000300022.
Hauache OM, Rocha AJ, Maia AC Jr, Maciel RM, Vieira JG. Screening for macroprolactinaemia and pituitary imaging studies. Clinic Endocrinol. (Oxf). 2002 Sep;57(3):327-31. doi: 10.1046/j.1365- 2265.2002.01586.
Vieira JG, Tachibana TT, Ferrer CM, Sá Jd, Biscolla RP, Hoff AO, Kanashiro I. Hyperprolactinemia: new assay more specifi c for the monomeric form does not eliminate screening for macroprolactin with polyethylene glycol precipitation. Arq Bras Endocrinol Metabol. 2010 Dec;54(9):856-7. doi: 10.1590/s0004- 27302010000900013
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