Fleury passa a usar também esse tipo de amostra em testes genéticos solicitados via plataforma on-line.
Fleury passa a usar também esse tipo de amostra em testes genéticos solicitados via plataforma on-line
Dr. Wagner Antonio da Rosa Baratela
O diagnóstico pela saliva tem sido cada vez mais incorporado na prática clínica, inclusive como parte das ferramentas para monitoração clínica e tomada de decisões. Fácil de ser coletado e armazenado, esse fluido biológico contém múltiplos biomarcadores que ajudam a predizer a suscetibilidade a diferentes enfermidades, tanto orais quanto sistêmicas, bem como a definir seu tratamento.
A Genética é a área do conhecimento médico que mais emprega a coleta de saliva para obtenção de amostra de DNA, prática empregada há muitos anos para os estudos forenses e que, mais recentemente, ingressou também nas análises de polimorfismos de nucleotídeo único em busca de mutações relacionadas com algumas doenças específicas.
Apesar da facilidade do procedimento, como existem inúmeras bactérias na cavidade oral, uma das preocupações com a coleta de DNA da saliva é a contaminação por DNA bacteriano, que, afinal, pode interferir na qualidade da genotipagem. Mesmo porque a quantidade de DNA de bactérias em amostras orais normais varia em comparação com as amostras sanguíneas.
Nesse sentido, a escolha do meio para a coleta da amostra é importante para possibilitar uma análise adequada do DNA. A Unidade Fleury Genômica, plataforma on-line que aceita esse tipo de amostra, utiliza os kits Oragene OG-500 e OG-510, os quais conseguem obter 2 mL e 1 mL de saliva, respectivamente. O DNA coletado permanece estável durante anos em temperatura ambiente.
Em estudos feitos com o material da Oragene, verificou-se que as amostras de saliva continham 12% de DNA bacteriano, sugerindo que o restante, 88%, seria de DNA humano. Na prática, isso significa que a saliva obtida com esses kits fornece DNA de boa qualidade genômica, equivalente ao sanguíneo para aplicações downstream. O baixo índice de DNA bacteriano, em comparação com outros métodos de coleta de amostra salivar, tem mínima significância clínica e se deve ao fato de os kits conterem agentes antibacterianos que previnem o crescimento dos microrganismos entre o momento da coleta e o da purificação do DNA.
Vantagens e limitações
A coleta de amostra salivar é um procedimento indolor e não invasivo, que apresenta vantagens em algumas situações ou populações, como nos pacientes pediátricos, geriátricos ou que tenham resistência a exames de sangue, bem como em regiões onde o acesso a procedimentos invasivos tradicionais para testes de análises clínicas não estejam disponíveis. Ademais, seus custos são inferiores aos da coleta sanguínea.
Contudo, nem todas as síndromes genéticas podem ser pesquisadas em DNA coletado pela saliva, ao menos por enquanto. No Fleury, os painéis genéticos das síndromes do QT longo, QT curto, Brugada, Noonan, febre periódica e hipercolesterolemia familiar são exemplos de condições que podem utilizar a amostra salivar via Unidade Genômica.
Para mais informações, acesse:
Dr. Wagner Antonio da Rosa Baratela é assessor médico do Fleury em Genética Clínica.
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