Bastante específico, o exame se mostra positivo em 85% dos portadores da doença.
A miastenia gravis (MG) é uma condição em que ocorre alteração da função da placa motora, justamente o local em que a terminação nervosa libera a acetilcolina (ACh), o neurotransmissor responsável pela contração muscular. As manifestações clínicas da doença são habitualmente mais intensas no território inervado pelos nervos cranianos e tendem a se intensificar ao longo do dia ou após esforços físicos.
Na maior parte das vezes, a MG tem origem auto-imune e, em geral, decorre da presença de anticorpos contra o receptor de ACh da placa motora, os quais, estima-se, são detectáveis em 85% dos portadores. Além de ter utilidade no diagnóstico da MG, a dosagem seqüencial de tais anticorpos serve para a monitoração terapêutica dos pacientes, uma vez que os níveis desses marcadores freqüentemente diminuem quando a doença entra em remissão. A eletroneuromiografia é outro exame que contribui para diagnosticar a MG, uma vez que mostra um decremento da ativação muscular maior que 10% durante a estimulação elétrica repetitiva.
Convém lembrar que, quando a pesquisa de anticorpos contra o receptor de ACh é positiva, a investigação de timoma torna-se mandatória, devendo ser feita pela tomografia computadorizada de tórax. A possibilidade da existência desse tumor é igualmente reforçada pela presença de anticorpos contra o músculo estriado.
Manifestações clínicas mais freqüentes na miastenia gravis |
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- Fraqueza muscular - Disfagia - Disfonia - Ptose palpebral - Dispnéia - Paralisia dos movimentos oculares |
Ficha técnica do exame |
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- Nome - Pesquisa de anticorpos contra o receptor de acetilcolina - Método - Imunoprecipitação - Sensibilidade - 85% - Especificidade - 100% |
Clínica e eletroneuromiografia sugestivas de miastenia, com ausência de anticorpos contra o receptor de acetilcolina. O que mais investigar? |
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Recentemente, identificou-se uma outra classe de auto-anticorpos conhecida como anti-MuSK, sigla de tirosinoquinase específica de músculo esquelético. Tais marcadores estão presentes em 50% dos casos de miastenia gravis que não apresentam anticorpos contra o receptor de acetilcolina. O Fleury também oferece esse recurso adicional, que deve ser considerado na investigação de casos especiais. |
Assessoria Médica |
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Dr. Fernando Kok: [email protected] |
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