A ressonância magnética pode identificar erosões ósseas em menos de seis meses de evolução da doença.
A ressonância magnética pode identificar erosões ósseas em menos de seis meses de evolução da doença.
O caso
Paciente do sexo feminino, 37 anos, apresentava artrite simétrica em punhos e articulações metacarpofalangianas, iniciada cinco meses antes. O quadro era acompanhado de rigidez matinal superior a uma hora.
Exames realizados
As provas de atividade inflamatória (VHS e PCR) tiveram valores elevados e a pesquisa dos auto-anticorpos relacionados com a artrite reumatóide acusou a presença do antipeptídeo citrulinado cíclico (anti-CCP), mas não a do fator reumatóide. O estudo radiográfico (RX), por sua vez, não apontou alterações evidentes. Já a ressonância magnética (RM) com contraste demonstrou claramente o espessamento sinovial nas articulações afetadas, assim como edema ósseo e pequenas erosões no punho, ambos característicos da artrite reumatóide (AR).
A discussão
Os métodos de imagem vêm ganhando papel de destaque no diagnóstico precoce da artrite reumatóide, doença crônica sistêmica, inflamatória e auto-imune, cuja prevalência varia de 1% a 2% na população geral. As radiografias convencionais evidenciam achados comuns a essa condição, como osteopenia periarticular, redução do espaço articular, erosão e deformidades articulares, os quais, no entanto, são mais tardios na evolução da AR. Já a ressonância magnética e a ultra-sonografia articular têm sido cada vez mais utilizadas em pacientes com essa suspeita, uma vez que tais métodos apresentam grande sensibilidade para visualizar a sinóvia, favorecendo a detecção de erosões ósseas ainda numa fase precoce da doença. A RM, em particular, consegue demonstrar erosões em menos de seis meses de evolução da artrite, sendo ainda capaz de apontar o edema ósseo, considerado um estado pré-erosivo. O método também permite uma melhor análise topográfica das lesões e o estudo evolutivo volumétrico das erosões e do espessamento sinovial, o que pode ser útil no acompanhamento e na resposta à terapêutica instituída.
Imagens de ressonância magnética com contraste no plano axial das metacarpofalangianas (A) e nos planos axial (B) e coronal (C) do punho evidenciam espessamento sinovial (setas amarelas), erosões ósseas (setas verdes) e edema ósseo (setas vermelhas).
Assessoria Médica |
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Dr. Jader J. Silva: [email protected] |
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