O vírus Zika foi descoberto na década de 1940, no continente africano, mas se tornou evidente no Brasil apenas no segundo semestre de 2015, quando houve aumento
importante de recém-nascidos com diagnóstico de microcefaliana Região Nordeste, que então enfrentava uma epidemia expressiva de infecção por esse agente. Na ocasião,
a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde emitiram um alerta mundial sobre a possível causalidade entre a infecção pelo vírus Zika
e os casos de microcefalia.
Apesar de assintomática na maioria dos casos, a aquisição do Zika na gravidez, principalmente no primeiro trimestre, pode causar complicações para o feto, entre elas
a microcefalia, malformação de sistema nervoso central. A doença passou a ser denominada síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ).
A edição 16 de 2023 do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), publicada em novembro do ano passado, traz os dados sobre a situação da SCZ referente ao período que vai de 2015 à semana 31 de 2023, com base nos casos suspeitos e confirmados notificados no Registro de Eventos em Saúde Pública.
Nesse período, houve notificações de 21.119 casos suspeitos de SCZ, dos quais 53% na Região Nordeste. Desse total, 8,5% foram confirmados e 13,6% encontram-se em investigação. Entre os confirmados, a maioria (76%) também foi identificada nos Estados nordestinos.
Acompanhando o número de registros ao longo do tempo, o Brasil teve um pico de notificações de casos suspeitos em 2016 (n = 8.588), com redução gradual a partir do ano seguinte. Em 2023, até a data de análise, haviam sido notificados 566 casos, ante 749, em 2022, e 809, em 2021.
Em relação aos maus desfechos (261 casos), houve 164 mortes no pós-natal, 44 natimortos, 40 abortamentos e 13 óbitos fetais. Já entre os nascidos vivos com SCZ confirmada, 51,5% foram do sexo feminino, 52,3% nasceram com peso adequado (de 2.500 g a 3.999 g) e 70% nasceram de gestação a termo. A maior parte desses nascimentos (90%) ocorreu nos anos de 2015 a 2016, tendo sido 80% no Nordeste.
O MS ressalta, por meio desse boletim, que a notificação dos casos suspeitos de SCZ vem sofrendo um declínio, mas que a vigilância da condição para novos casos e óbitos
deve permanecer ativa, ainda mais que a circulação do Aedes aegypti (vetor de transmissão do vírus Zika) se mantém dispersa e ampla em todo o território brasileiro e, com isso, poderão ocorrer novos casos, surtos ou epidemia da SCZ.Fonte: Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Boletim Epidemiológico, volume 54, número 16, 22 de novembro de 2023.
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