Dosagem no sangue vem se tornando um recurso útil no monitoramento terapêutico dos pacientes lúpicos
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença heterogênea, com um amplo espectro de manifestações clínicas e curso e prognóstico variáveis. Ainda desafiador, o manejo do quadro inclui tanto abordagens farmacológicas quanto não farmacológicas e tem, como objetivo, controlar a atividade da doença, reduzindo as complicações, prevenindo danos
e, consequentemente, melhorando a sobrevida e a qualidade de vida.
A hidroxicloroquina (HCQ) é um fármaco bem estabelecido no tratamento do LES, indicada a todos os pacientes que não apresentam contraindicações. O medicamento apresenta diversos benefícios descritos, a exemplo de redução das crises, incluindo nefrite lúpica, melhora do perfil lipídico e do metabolismo da glicose, diminuição do risco de eventos
trombóticos e otimização da resposta a outras drogas, entre outros. Já a principal reação adversa, sobretudo associada ao uso prolongado, é a potencial deposição da HCQ na retina, que pode levar à degeneração e à amaurose.
Apesar de a dose de prescrição ser recomendada com base no peso ou no índice de massa corporal, sabe-se que a farmacocinética da HCQ – e, portanto, sua concentração sanguínea – varia amplamente entre diferentes indivíduos. Os fatores relacionados
a esse comportamento ainda não estão bem estabelecidos e, como se não bastasse, há de se considerar a pobre aderência à terapêutica medicamentosa, um problema considerado comum em pacientes com doenças crônicas.
Uma vez que a HCQ tem uma meia-vida superior a 40 dias, com pouca flutuação diária, sua dosagem no sangue vem se tornando um recurso útil no monitoramento terapêutico dos pacientes lúpicos. Estudos mostram que, enquanto concentrações adequadas da droga promovem menor risco de crises da doença, indivíduos que mantêm níveis inadequados de maneira sustentada têm elevada chance de o LES entrar em atividade e precisam de intervenção precoce e acompanhamento rigoroso.
A dosagem de HCQ em sangue total, que o Fleury acaba de introduzir em sua rotina, é preferível à dosagem em plasma por se mostrar mais acurada, reprodutível e estável. O exame é processado por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas, uma metodologia com alta acurácia, e o resultado fica pronto em até dez dias úteis.
Além de configurar recurso importante para avaliação da eficácia do tratamento e para auxílio ao clínico no ajuste da dose de forma individual, o teste possibilita presumir má aderência à medicação, otimizando o manejo do paciente.
CONSULTORIA MÉDICA
Reumatologia e Imunologia
Dr. Luis Eduardo Coelho Andrade
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Pesquisadores de Pesquisa e
Desenvolvimento Fleury (P&D) –
Cromatografia
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Karina Cardozo
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Valdemir Melechco Carvalho
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