A creatinoquinase (CK) é uma enzima que catalisa a fosforilação reversível da creatina pelo ATP, formando a fosfocreatina, uma fonte de energia para as células.
A creatinoquinase (CK) é uma enzima que catalisa a fosforilação reversível da creatina pelo ATP, formando a fosfocreatina, uma fonte de energia para as células. A CK compõe-se de duas subunidades formadoras de dímeros (M e B), que dão origem a três isoenzimas: CK-BB ou CK1, CK-MB ou CK2 e CK-MM ou CK3, as quais podem ser separadas e caracterizadas por método eletroforético, permitindo determinar a fração predominante nas situações de elevação da atividade da CK sérica.
É oportuno lembrar que a CK total corresponde à medida concomitante da atividade das três isoenzimas. Já a CK-MB massa diz respeito à quantificação direta da concentração da CK-MB circulante em vez da medida da atividade dessa isoenzima.
Apesar de a CK estar presente em muitos tecidos, o miocárdio e o músculo esquelético apresentam as maiores concentrações da enzima. No tecido cerebral, predomina a CK-BB, no músculo esquelético, quase exclusivamente a CK-MM, e, no miocárdio, cerca de 22% de CK-MB e 78% de CK-MM. Normalmente, porém, a atividade da CK no soro humano provém da CK-MM (96%) e da CK-MB (4%). Nas doenças musculares ou nas lesões musculares crônicas – por exemplo, decorrentes da prática contínua de exercícios extremos –, podem ser observadas elevações significativas de CK-MB devido ao fenômeno de “reversão fetal”, no qual a síntese de CK retorna aos padrões fetais com maior produção do monômero B.
A medida das isoenzimas da CK ajuda a esclarecer a origem de um aumento persistente ou não explicado da CK total. Em indivíduos saudáveis, a CK liberada do músculo esquelético responde por quase toda a atividade dessa enzima no plasma. Tanto é assim que a CK atinge um pico após 12-36 horas da prática intensa de exercícios físicos e retorna ao nível basal depois de três a quatro dias.
A eletroforese de isoenzimas da CK detecta a presença da macro-CK, que pode também ser uma das causas da elevação crônica da CK total, na ausência de doenças musculares, e está disponível no menu do Fleury.
Situações de elevação das isoenzimas CK-BB e CK-MB e da macro-CK
CK-BB
Pacientes com doenças cerebrais. Há aumento em algumas neoplasias, como carcinoma de pulmão de pequenas células e câncer de próstata. Sua utilidade como marcador tumoral ainda não está bem estabelecida.
CK-MB
No infarto do miocárdio, o nível sérico começa a aumentar 4-6 horas após o início da dor, atingindo o pico em 18-24 horas e podendo persistir por 72 horas. Outras situações incluem envenenamento por monóxido de carbono, embolia pulmonar, hipotiroidismo, lesões por esmagamento e distrofia muscular. Elevações extremas decorrem de turnover da célula muscular esquelética, como na polimiosite e, em menor grau, na rabdomiólise, observada em exercício extenuante, sobretudo em atletas condicionados.
Macro-CK tipo 1
Trata-se de um complexo de CK-BB ou CK-MM, ligado à IgG ou à IgA. Embora não seja regra, é encontrado com mais frequência em mulheres de idade mais avançada, causando aumento persistente e crônico da atividade da CK total no sangue, mas sem associação patológica.
Macro-CK tipo 2
Constitui um complexo oligomérico de origem mitocondrial, que pode estar presente em pacientes com neoplasia ou com doenças hepáticas.
CONSULTORIA MÉDICA
Dr. Nairo Massakazu Sumita
Dr. Gustavo Loureiro
Dr. Álvaro Pulchinelli Junior
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