O estímulo com glucagon pode ser utilizado para avaliação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e também da liberação do hormônio de crescimento.
O estímulo com glucagon pode ser utilizado para avaliação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal e também da liberação do hormônio de crescimento (GH) como alternativa aos estímulos pós-hipoglicemia, para as dosagens de cortisol e GH, e pós-administração de ACTH sintético, para a dosagem de cortisol.
A principal indicação para a realização dessa prova funcional é a investigação das deficiências de GH e cortisol – por exemplo, no pós-operatório de cirurgia hipofisária – com o uso do mesmo estímulo para liberar ambos os hormônios.
Na prática, o glucagon estimula a liberação tanto do ACTH quanto do GH por mecanismos fisiológicos que ainda não são bem compreendidos, entre os quais estão as flutuações glicêmicas durante o teste – observa-se a elevação inicial dos níveis de glicose, com posterior redução –, a geração de fragmento peptidil associado com a atividade de liberação do GH e do ACTH e a indução da secreção de norepinefrina, gerando estímulo da liberação de GH e ACTH via receptores alfa-adrenérgicos.
O teste compreende dosagens seriadas de cortisol e GH, em conjunto ou separadamente, nos tempos basal e após o estímulo com glucagon (aos 30, 60, 90, 120, 180, 210 e 240 minutos). A dosagem de glicose também é realizada em todos esses tempos.
Nos adultos, recomenda-se o teste de provocação de GH na suspeita de deficiência desse hormônio. Contudo, pacientes que apresentam três ou mais deficiências de hormônios hipofisários e baixo nível sérico de IGF-1 estão dispensados de realizá-lo.
A prova de estímulo com glucagon é simples, tem poucas contraindicações, como a presença de feocromocitoma, e pode ser considerada um exame de primeira linha nos indivíduos que apresentam contraindicações ao estímulo com insulina. Sua duração-padrão é de quatro horas, tempo que cai para três horas para a avaliação de deficiência de GH em crianças.
Os principais efeitos colaterais do teste são náuseas e vômitos. Além disso, pode haver resposta diminuída em 10% a 20% dos indivíduos normais. Convém ressaltar que o efeito liberador de GH e ACTH exercido pelo glucagon só ocorre após sua administração intramuscular ou subcutânea, que é efetuada na mesma dose em ambas as vias, mas não após a aplicação endovenosa do estímulo.
Cristais de glucagon vistos por microscopia de luz polarizada
Ficha técnica |
Dosagem de cortisol após estímulo com glucagon Método: Imunoensaio competitivo por eletroquimioluminescência (cortisol) e método enzimático (glicose) Amostra: sangue Dosagem de GH após estímulo com glucagon Método: Ensaio imunométrico quimioluminescente Amostra: sangue |
Assessoria Médica |
---|
Dr. José Viana Lima Junior [email protected] Dra. Maria Izabel Chiamolera [email protected] Dra. Milena Gurgel Teles Bezerra [email protected] Dra. Rosa Paula Mello Biscolla [email protected] |
Pode ser utilizada para detectar o DNA da bactéria Leptospira spp. no plasma.
Avaliação complementar da análise histológica convencional de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas.
Dados da OMS de 2022 revelam que há cerca de 254 milhões de portadores de hepatite B no mundo.
A uveíte é uma inflamação ocular que representa uma das principais causas de morbidade ocular.