Estudo aponta frequência e sazonalidade dos vírus respiratórios em nosso meio | Revista Médica Ed. 1 - 2016

As infecções respiratórias agudas estão entre as doenças mais frequentes em todas as faixas etárias, sendo uma das principais causas de consulta médica e hospitalização.

As infecções respiratórias agudas estão entre as doenças mais frequentes em todas as faixas etárias, sendo uma das principais causas de consulta médica e hospitalização. Cerca de metade dos casos decorre de vírus, o que torna o diagnóstico do agente, em algumas situações, relevante para o seguimento e o tratamento adequados do paciente.

Nesse contexto, e visando a uma melhor compreensão da incidência e da sazonalidade de tais quadros, o Grupo de Infectologia do Fleury estudou o perfil de ocorrência dos vírus em 820 amostras de material do trato respiratório, obtidas entre janeiro de 2012 e julho de 2015 e analisadas pelo painel molecular oferecido na rotina do serviço. Vale lembrar que o exame pesquisa simultaneamente 19 agentes infecciosos por PCR e array de baixa densidade.

  

Fonte:Fleury

Dentre todas as amostras avaliadas, 38% (311) apresentaram resultado positivo para um ou mais vírus, tendo sido o rinovírus o agente mais prevalente no nosso meio, seguido pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Contudo, se o rinovírus foi o mais frequente em todas as faixas etárias, o VSR foi o segundo mais comum nas crianças com menos de 5 anos, enquanto o parainfluenza se destacou nessa posição para os demais pacientes.

As amostras coletadas em 2014 permitiram observar que o rinovírus se manteve presente durante todo o ano, o que não aconteceu com os vírus sincicial respiratório e influenza, que se concentraram nos meses de maio a julho, e com o parainfluenza e com o adenovírus, que responderam pelo maior número de casos de setembro a dezembro.

Em cenários que não contam com um painel molecular capaz de identificar uma ampla gama de agentes infecciosos, os dados sobre a frequência e a sazonalidade dos diversos vírus são fundamentais para o raciocínio diagnóstico e o manejo mais adequado das infecções respiratórias, destaca o assessor médico do Fleury em Infectologia, Celso Granato.

 

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