Considerado endêmico no mundo e responsável por infectar mais de 185 milhões de pessoas, o vírus da hepatite C (VHC) possui grande variabilidade genética, sendo classificado em sete grupos maiores e em mais de cem subtipos
Considerado endêmico no mundo e responsável por infectar mais de 185 milhões de pessoas, o vírus da hepatite C (VHC) possui grande variabilidade genética, sendo classificado em sete grupos maiores e em mais de cem subtipos, que variam quanto à distribuição geográfica e à resposta ao tratamento. No Brasil, sua prevalência é de 1,82%.
Para caracterizar os genótipos de VHC circulantes em alguns Estados brasileiros, pesquisadores do Grupo de Infectologia do Fleury analisaram, entre junho de 2013 e junho de 2014, 1.218 amostras, das quais 874 eram do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais), 259, do Sul (Paraná e Rio Grande do Sul), e 85, do Nordeste (Bahia, Pernambuco e Maranhão). O RNA do VHC foi amplificado por reação em cadeia da polimerase-transcriptase reversa (RT-PCR) e a região 5’ UTR, sequenciada por meio do Big Dye® Direct Cycle Sequencing Kit (Applied Biosystems, EUA).
Nas amostras analisadas, o grupo encontrou os genótipos 1, 2, 3 e 4 nas frequências de 52,93%, 4,32%, 18,65% e 0,73%, respectivamente. Depois de avaliarem os resultados de acordo com as regiões brasileiras estudadas, os autores verificaram que houve diferença na distribuição dos genótipos. “Embora o 1 tenha sido predominante em todas as regiões, observamos uma grande proporção do 3 no Sul”, comenta o assessor médico do Fleury em Infectologia, Celso Granato.
Vale adicionar que esses resultados estão coerentes com os de uma pesquisa anterior, realizada no Brasil (Campiotto et al, 2005), com 1.688 amostras, entre os anos de 1995 e 2000, que demonstrou uma frequência de 64,9% para o genótipo 1, de 4,6% para o 2, de 30,2% para o 3 e de 0,2% para o 4. Em todas as regiões, o genótipo 1 foi o mais frequente (de 51,7% a 74,1%), enquanto o 3 se mostrou mais comum no Sul (43,2%).
Distribuição dos genótipos do VHC em três regiões brasileiras

Nirsevimabe ajuda a prevenir a infecção e complicações causadas pelo VSR em lactentes
Saiba como contornar os desafios na interpretação dos resultados da dosagem de prolactina
Ginecologista, o relógio biológico de sua paciente está correndo.
Strain atrial: uma nova ferramenta clínica para avaliação da função cardíaca