A rejeição aguda pode ocorrer em 10-30% dos transplantados renais, devendo ser precocemente identificada.
Microscopia em tecido de rim transplantado revela rejeição ao enxerto pelo receptor.
A rejeição aguda (RA) pode ocorrer em 10% a 30% dos transplantados renais e, na medida em que traz risco de comprometer o enxerto após o transplante, deve ser precocemente identificada. A confirmação diagnóstica é feita por biópsia do rim, um procedimento invasivo e caro. Dessa forma, o seguimento desses pacientes usualmente conta com a dosagem sérica de creatinina como marcador da função renal, embora ela se eleve apenas tardiamente na RA, ou seja, quando as alterações histológicas já estão avançadas. Foi dentro desse contexto que a equipe técnica do Fleury desenvolveu um estudo para identificar possíveis proteínas plasmáticas que possam ter relação com a RA após o transplante renal.
Para tanto, foram analisadas amostras de plasma de 29 pacientes transplantados – 20 com o enxerto renal estável (grupo Ct) e nove com quadro de RA comprovado pela análise histológica (grupo Rej) – com o uso de uma abordagem proteômica por LC-MSE, que emprega o espectrômetro de massas Synapt G1 acoplado a um sistema 2D de nanoUPLC. O estudo detectou quatro proteínas exclusivas no grupo Rej, além de 19 superexpressas e duas subexpressas no grupo Rej, em relação ao grupo Ct. A superexpressão da alfa-1-antitripsina (Serpina1), da alfa-2-antiplasmina (Serpinf2) e da amiloide sérica A (SAA) foi confirmada pelo método Western blot, o que as tornou candidatas a biomarcadores de RA do enxerto renal.
“Essas três proteínas estão envolvidas com a resposta à fase aguda e fortemente associadas entre si”, justifica o assessor científico do Fleury, Valdemir Melechco Carvalho, que assina o trabalho. “A identificação de possíveis biomarcadores séricos de RA, nesse cenário, pode ser extremamente útil no monitoramento e no diagnóstico precoce do quadro de rejeição nos transplantados renais”, reforça o assessor médico do Fleury em Bioquímica Clínica, Nairo M. Sumita.
Autores: Cardozo, KHM, e Carvalho, VM, do Fleury, e Brandão, JDP, e Casarini, DE, da Unifesp.
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